domingo, 14 de dezembro de 2014

Uma aventura...

Uma festa no País das Aventuras

   Numa certa manhã de sábado, apeteceu-me passear. Saltei da cama, vesti-me à pressa e tomei um bom pequeno almoço. Saí porta fora e comecei a correr.
   Era tão agradável dançar ao ar livre! Estava eu embrenhada nestes pensamentos, quando descobri algo que me fez estacar: no pomar ao lado da minha casa, havia uma pequena cabaninha construída à pressa. Nunca a tinha visto lá antes.
   Senti-me invadida pela curiosidade e decidi espreitar. Abri a porta. Quando pisei aquele chão, ele começou a descer a uma velocidade incrível!
   Abri os olhos. Estava num magnífico jardim onde tudo era colorido e brilhante. Pequenos seres lindíssimos enfeitavam aquele espaço com entusiasmo. Aproximei-me dum deles.
   - Olá! Onde estou? – perguntei.
  - Estás no País das Aventuras! Eu sou o Bolotráquio. Estamos a preparar uma festa de Natal! – exclamou ele.
   Fiquei feliz e, depois de me apresentar a todos, ajudei-os a preparar a festa. Aqueles seres eram espetaculares!
   No dia 21 de dezembro, recebi uma carta que vinha do País das Aventuras. Era um convite para a festa de Natal!
   Eu fui, e garanto que nunca vi algo mais divertido! O meu convite ainda está no meu quarto, guardado numa gavetinha que só eu sei!


Margarida Almeida  5.ºB




quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

E ele calou-se!

E ele calou-se!
            Numa folha quadriculada, a Joana tinha desenhado um quadrado, um triângulo e uma circunferência. Sempre que a menina desenhava a circunferência com o seu compasso, este passava a vida a mexer-se! "Bolas! Vou comprar outro compasso! As suas pernas não param quietas, estão sempre a abrir e a fechar", disse Joana para si própria. Então fechou o caderno, muito chateada.
                Enquanto o caderno estava fechado, o triângulo começou a criticar a circunferência.
                ̶ És tão feia! Pareces um pudim... és toda torta!  ̶  exclamou o triângulo, achando-se superior.
                ̶  Sou muito jeitosa! Sabes porquê? Porque tenho curvas e tu não!  ̶  respondeu a circunferência para calar aquele triângulo convencido.
                E conseguiu calá-lo, pois o triângulo teve a certeza que as suas ofensas não a provocavam.
                Entretanto, Joana chegou a casa com um novo compasso. Apagou a circunferência que tinha feito e desenhou outra.
                ̶  Uau! Ficou perfeita!  ̶  disse Joana.
                O triângulo.... calou-se de vez!
Lauren Pinto, nº 7 - 6º D



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

SE EU FOSSE...


Se eu fosse…

Se eu fosse
Uma borracha,
apagaria os erros de todos os homens.
Se eu fosse
Uma tesoura,
Recortaria o céu e o mar.
Se eu fosse
Uma caneta,
Escreveria as mais belas frases do mundo.
Se eu fosse
Uma régua,
Mediria o Oceano.
Se eu fosse
Um baú,
Guardaria os bons tesouros da vida.
Se eu fosse
Um álbum,
Manteria as melhores memórias presentes.
Se eu fosse
Uma escova,
Pentearia os mais longos cabelos do Mundo.
Se eu fosse
Um espelho,
Seria o reflexo da Humanidade.


Beatriz Rodrigues-Nº1-7ºA

SOU PESSOA


SOU PESSOA


Sou apenas uma pessoa no mundo e, tal como todas as outras, tento sobreviver neste tão grande planeta.
Algumas pessoas andam só com um, e só um, sentido nesta vida. Outras denominam-se de baratas tontas e não sabem o que fazer dela.
O mundo é como um deserto e as pessoas são os grãos de areia. As pessoas importantes são grãos um pouco maiores que os outros, mas debaixo desses grãos estão os mais pequeninos. Mas debaixo desses, ainda existem os mais pequenos. E esses mais pequenos, que os mais pequenos, estão a morrer com fome, doenças estúpidas, guerras e, ainda me vêm dizer, que estamos no século vinte e um. O mundo parece que saltou quatro séculos atrás!
Porque é que é assim? Porque é que os grãos de areia não podem ser todos do mesmo tamanho?
Quem sabe se um dia isso não será possível?! Quero crer que sim. A esperança nunca morre e, quando ela desaparecer dos nossos corações, o mundo não terá cor!


Simão Almeida, nº 18, 7ºC

Os anos do Pedro

Os anos do Pedro

                Era uma vez um menino que adorava o inverno. O Natal era no inverno e o menino fazia anos no inverno, eram dois motivos fortes para ele gostar desta estação do ano.
O menino desta história chama-se Pedro. O Pedro era um menino reguila, brincalhão, querido e simpático. Ele gostava muito da escola, dos amigos, do recreio e de jogar à bola, também gostava de jogar às escondidas. Nas aulas estava atento e era o melhor a matemática, gostava de brincar com os números.
O tempo estava a arrefecer, as árvores já não tinham folhas, a roupa era mais quentinha e a mãe mandava sempre o casaco para agasalhar o filho. Estava a chegar o inverno e o Pedro ficava com um sorriso, mal pensava nisso. Faltavam poucos dias para fazer anos e o Pedro já tinha planos para a festa. Era preciso falar com os pais.
Na casa do Pedro discutem-se os assuntos importantes à mesa e, à hora do jantar, o menino falou dos seus planos aos pais, eles conversaram e ficou combinado que a festa do Pedro poderia ser mesmo no dia de anos, já que era numa sexta-feira e às sextas não tinha escola de tarde. O Pedro pediu ao pai para lhe fazer os convites, queria entregá-los o mais rápido possível.
O tempo estava cada vez mais frio e todas as manhãs a mãe ralhava com o Pedro para ele levar o casaco. Ele levava-o sempre, mas muito contrariado. O Pedro não gostava nada de casacos.
Faltavam três dias para o seu aniversário e o Pedro estava cheio de febre. Faltavam dois dias e ele continuava com febre. O Pedro estava doente e muito preocupado pois aproximava-se o dia da sua festa de anos. Os pais foram com ele ao médico:
-Gripe! Mais cinco dias e estás bom - disse o médico.
O Pedro ficou desanimado, muito triste e lembrou-se de todas as vezes que mal chegava à escola, a primeira coisa que fazia era tirar o casaco. A mãe tinha razão.
Na noite anterior ao dia da festa, Pedro estava todo dorido porque tinha passado a noite a tossir. De manhã não se levantou, estava tão triste que decidiu passar o dia na cama. Valeram-lhe os miminhos da mãe.
Perto da hora do lanche o pai e a mãe do Pedro disseram que lhe iam preparar um banho morninho e que era melhor ele ir um bocadinho para a sala. Para grande surpresa do menino, estavam lá os seus amigos todos e fizeram-lhe uma grande festa. O Pedro ficou muito feliz.
Conselho: Devemos sempre ouvir os conselhos das nossas mães!


Alexandre Albernaz, nº2, 7ºB

Salvem...

Salvem os passarinhos!

O João é um menino muito meigo, que adora observar os passarinhos da janela do seu quarto. Muitas vezes, conversa com eles, na sua voz de criança cheia de curiosidade, e estes contam-lhe das suas aventuras e dos locais para onde voam à procura de alimento e de um sítio agradável para fazerem os seus ninhos. O menino fala-lhes da escola, dos seus amigos e das viagens que faz com a família em tempo de férias.
No inverno, os passarinhos vêm visitá-lo menos vezes, por causa do frio e do mau tempo, mas, quando chega a primavera, a sua janela é um ponto de paragem obrigatória e, muitas vezes, até chegam em bandos, formando nuvens coloridas de penas e bicos engraçados.
Com o passar dos anos, estas visitas vão diminuindo e o João começa a ficar muito preocupado. Olha para além da sua janela e já não vê tantos amiguinhos como costumava ver antigamente. O que estará a acontecer? Por onde andam os passarinhos?
Num certo dia, no início de uma primavera fresca e chuvosa, enquanto aguardava pacientemente por alguma novidade, viu chegar um pássaro laranja, de bico dourado e penas azuis e amarelas. Parecia um pouco triste, arrepiado e com frio, por isso o menino deixou-o entrar para o seu quarto, onde um calorzinho acolhedor se fazia sentir. Curioso, perguntou-lhe pelos outros pássaros e este contou-lhe todos os problemas que enfrentavam naquele momento, como a falta de árvores para fazerem os seus ninhos. Isto acontecia por causa dos seres humanos que as cortavam para construírem mais prédios e centros comerciais, destruindo os locais onde os passarinhos poderiam fazer os seus ninhos.
O João ficou triste com as notícias e, como era um menino muito ativo, pensou logo numa maneira de ajudar os seus amigos. Assim, no dia seguinte, quando chegou à escola, falou com os seus colegas e com a professora e todos juntos resolveram construir casinhas de madeira para os passarinhos. Pediram a colaboração dos pais e meteram mão à obra. O pai do André, que era carpinteiro, ajudou-os na construção das casitas, as quais foram depois distribuídas pelos parques da cidade. O João levou também algumas para colocar nas árvores que cresciam no quintal de sua casa, para que os seus amiguinhos continuassem sempre a visitá-lo. Os outros meninos, que não tinham quintal com árvores, até colocaram algumas nas varandas ou janelas das suas casas. Tudo para salvarem os passarinhos!
O projeto foi um sucesso, envolveu toda a escola, os pais e até o presidente da Câmara, pois ninguém conseguiu ficar indiferente. As notícias correram e outras escolas e outros meninos decidiram seguir o exemplo e agora, quem passear pela região, consegue ver as casinhas espalhadas por toda a parte e os passarinhos por perto, muito felizes.



                                                                                               Joana Margarida, nº 11, 7ºB

SE EU FOSSE...

                                      Se eu fosse...


Se eu fosse um passarinho
pousava numa árvore
 para fazer o meu ninho.

Se eu fosse um lince ibérico,
tinha as orelhas peludas, pernas longas,
cauda curta e era muito energético.

Se eu fosse um urso pardo,
vivia na América do Norte
e, para pescar, teria um trabalho árduo.

Se eu fosse uma girafa pintada,
teria um longo pescoço
e correria até ficar cansada.

Se eu fosse uma cobra pistão
teria quatro ou cinco metros
e presas não me faltariam, não!

Mas não sou pássaro,
nem lince, nem urso,
nem girafa, nem cobra!
Sou eu mesmo, sou humano
e assim gosto de ser!

                                                                                          Duarte Lima, Nº5, 7ºA


SE EU FOSSE...

Se eu fosse um poeta …


Se eu fosse um poeta
teria muita imaginação.
brincava com as palavras
e, claro, alegria no coração.

Fazia poemas
lindos de encantar,
sem nenhuns problemas
para um dia os contar.

Se eu fosse um poeta
imaginava para além do possível,
viajava por todo o mundo
e dava vida ao impossível.


Escrevendo memórias
e vivendo fantasias,
Ser poeta é lindo
e dá muitas alegrias.

Agora para terminar
um até já vos vou dar,
pois para a escola tenho de ir estudar
para boas notas tirar.



                                                                                                       
  

      Miguel Rocha Almeida, nº15, 7ºB   

domingo, 30 de novembro de 2014

DIÁRIO






Quinta-feira, 6 de novembro de 2014






            Querido Diário!

Estava eu a dormir tranquilamente, quando a minha mãe entra no meu quarto em altos berros, ”Carolina, levanta-te, levanta-te!” - não era definitivamente uma boa maneira de se acordar alguém, não achas?
Preparei-me e fui para a escola de autocarro, como é habitual.
Estava uma manhã gélida e eu só via a hora de aquecer as mãos, no aquecedor da sala de aula.
Quando entrei na sala, para a aula de Português, calculei logo que os aquecedores estivessem desligados. Senti-me tão triste e com tanto frio!!!
A aula foi passada a escrever, escrever e, no final, nem sentia a mão.
No intervalo fui entregar o euro e meio ao Diretor de turma, para o magusto.
                Em seguida, fui para a aula de Ciências, onde vi um filme sobre as “Teorias da Deriva dos Continentes”, e depois, para aplicar o aprendido, resolvi uma ficha do caderno de atividades.
Na aula de Matemática, o que hei de dizer? Nada fora do normal, “montanhas e montanhas” de exercícios, e as forças já começavam a escassear, o que valia era que a hora de almoço se aproximava.
Durante o almoço, estava com uma larica, mas ao mesmo tempo o que eu queria, era ir reler o livro de Físico-química, visto que depois iria fazer teste.
Quando tocou, subi as escadas a rezar, para que o teste corresse bem. No final, a Professora disse para desenharmos o Sistema Solar no caderno. Para mim, foi uma tarefa complicada, saía tudo torto!!!
Finalmente, a última aula de quinta-feira, Francês!       
E assim terminou mais um longo dia de escola, que apesar de cansativo foi MARAVILHOSO!!!

                                                 Tua Carolina,


Carolina Ferreira, Nº 6 7ºC

Diário

                                                                             


Quinta- feira, dia 30 de outubro de 2014
Querido diário,
Hoje, assim que acordei, fui à janela ver como estava o tempo: estava uma linda manhã, cheia de sol. Isso deu- me alguma força para enfrentar o dia, pois a quinta - feira é o dia que eu MENOS gosto, porque temos muitas aulas.
A primeira aula era Português e, dentro da sala de aula estava uma grande algazarra, até que a Professora chegou e fez-se silêncio.
Estava previsto fazermos um teste oral, mas teve que ser adiado, porque a Dalila ainda não tinha feito o Teste de Avaliação. Por isso, enquanto ela foi fazer o teste para outra sala, nós fizemos a correção da ficha sobre “O Diário de Anne Frank”. Seguidamente, falámos sobre a Segunda Guerra Mundial, e a Professora falou-nos de alguns filmes que abordam essa triste realidade. Sinto-me uma felizarda por não ter testemunhado esse horrível momento da História da Humanidade.
Na aula de Ciências, antes de fazermos o Teste de Avaliação, a Professora relembrou aspetos importantes da matéria e esclareceu dúvidas a quem as tinha. Isso ajudou-me a sentir mais confiante. O teste correu muito bem. Foi mais fácil do que estava à espera…
As aulas de Matemática/AT são sempre muito cansativas e trabalhosas, porque fazemos sempre QUILOS de exercícios, e hoje não foi exceção! Corrigimos os TPC, fizemos uma ficha de trabalho de preparação para o teste e revisões, revisões e MAIS revisões. O que vale é que a professora pelo meio nos vai chamando à atenção e “repreendendo” com algumas expressões engraçadas…Mas a esta “altura do campeonato” a concentração diminui, porque a “barriga começa a dar horas”…
A hora de almoço é sempre um momento “fixe”, tirando a parte em que a mesma empregada, todos os dias, nos enche a cabeça, dizendo: “Oh, meninas, calem-se!”; “Comam!”
Na primeira aula da tarde, Físico-Química, corrigimos os TPC e fizemos revisões para o Teste de Avaliação.
A última aula foi Francês e a Professora resolveu rever a matéria que temos andado a dar para que a Fátima, a nossa nova colega, ficasse a saber o que tinha sido dado e também para servir de revisões para o Teste de Avaliação.
E assim terminou mais um ESTAFANTE dia de aulas!


Carolina Paredes, nº 5, 7ºC

A caixinha...

A caixinha dos sonhos

Júlia tem 6 anos e, como qualquer menina da sua idade, gosta muito de sonhar. Sempre que pode gastar o tempo à vontade, corre para o sótão, um local cheio de “tralhas” e objetos esquecidos. É lá que ela esconde um segredo - uma misteriosa caixinha.
A caixinha foi-lhe oferecida pelo tio António, um embrulho dourado que ele lhe trouxera da viagem que fez à Índia.
- É uma caixinha mágica - disse ele quando Júlia rasgou o papel. - Contém sonhos que esperam por ti, enquanto acreditares neles.
A caixa tinha a forma de um diamante, decorada com pedras preciosas cintilantes a toda a volta e forrada de veludo vermelho por dentro. Quando a abria, sentia o cheiro a um perfume de rosas delicado e leve que se espalhava misteriosamente pelo ar, como um pó mágico, que a levava para lugares bem longínquos - a passagem secreta para o reino da fantasia…
Sentia sempre o mesmo “friozinho na barriga” quando abria a tampa dessa caixinha misteriosa, pois nunca sabia o que o Cavalo de Nuvem com asas prateadas, o anfitrião do reino dos sonhos, tinha reservado para ela.
“Onde me levará ele desta vez?” – pensava Júlia empolgada, sentada no chão do sótão, cada vez que segurava a caixinha entre as mãos, pronta para abrir a tampa.
Antes de partirem para o reino da fantasia, o Cavalo de Nuvem com asas de prata levava Júlia à costureira do reino, uma aranha de Paris, que sabia fazer os vestidos mais lindos e arrepiantes do mundo: vestidos feitos de pérolas e anémonas com véu de espuma do mar, vestidos feitos com gomos de seda colorida, de cristais de gelo, de rosa e plumas de cisne…
Então, Júlia tapava os olhos e quando os abria, estava vestida com um desses vestidos encantados. Hoje, o Cavalo de Nuvem com asas de prata escolheu um vestido feito com mil pétalas de rosas brancas muito delicadas cobertas com gotas de orvalho.
Júlia nem queria acreditar! Finalmente iria visitar o Reino das Fadas - o seu preferido!
E estavam prontos para partir. Júlia trepava para as costas do Cavalo de Nuvem com asas de prata e ele dizia:
- Segura-te bem, vamos para o Reino da Fantasia!
No reino das fadas, um unicórnio verde esperava-os junto ao Lago da Juventude. Júlia não resistiu e mirou-se no espelho da água do lago e desejou ficar assim vestida para sempre…
- Depressa! – disse o unicórnio. – Não há tempo a perder! Temos de acordar Flora, a rainha das fadas que caiu num sono profundo por ter bebido o sumo de amora preta envenenado, feito por Silvana, a fada invejosa.
            Silvana invejava a alegria do reino de Flora. Por isso, resolveu adormecê-la para que todo o reino ficasse triste.
E assim aconteceu: as flores murcharam, as fontes secaram, os passarinhos deixaram de cantar e todas as fadas deixaram de cumprir as suas tarefas. Todo o reino se encontrava abandonado e mal tratado.
- O que é que temos que fazer para acordar Flora? – perguntou Júlia, ansiosa.
- Só acordará se cheirar o perfume da rosa azul, que está no Bosque dos Besouros Amarelos – respondeu o unicórnio. Mas Silvana ordenou ao Besouro Amarelo chefe que a guardasse muito bem. Ele tem muito mau feitio e não permite que ninguém se aproxime dela. E já não temos muito tempo, pois o efeito do perfume termina ao pôr-do-sol…
- Vamos já para lá! – interrompeu Júlia. - Temos que arranjar uma maneira de trazermos a rosa azul.
E puseram-se a caminho.
Quando chegaram ao Bosque dos Besouros Amarelos dirigiram-se ao Palácio do Girassol, onde tudo era feito com pétalas de girassol: as janelas, as portas, as paredes, as mesas, as cadeiras… tudo, mesmo tudo!... Ao fundo do corredor, dentro de um frasco de vidro muito reluzente, estava a rosa azul. Ao seu lado, o Besouro Amarelo chefe ressonava com as mãos em cima da barriga.
Aproximaram-se os três pé ante pé, mais leves que o vento, e Júlia pegou com muito jeitinho no frasco de vidro, mas tropeçou no tapete de girassóis, sem querer, deixando cair o frasco ao chão. O frasco desfez-se em mil pedaços, acordando o Besouro Amarelo chefe:
- Quem é que se atreve a perturbar a minha sesta?! – Perguntou ele muito irritado.
O unicórnio verde apressou-se a pegar na rosa azul com a boca, Júlia saltou para o dorso do Cavalo de Nuvem com asas prateadas e saíram pela janela mais rápidos que um raio, pois o sol começava a pôr-se.
No palácio da rainha das fadas, Flora dormia descansada e serena. Quando Júlia lhe encostou a rosa azul ao nariz, o seu perfume fê- la abrir os olhos.
Nesse mesmo instante, o sol voltou a aparecer no céu e a alegria voltou também ao reino das fadas…
Os dias iam passando e Júlia e o Cavalo de Nuvem com asas de prata, viajaram juntos, vezes sem conta, por todos os reinos da fantasia: pelo reino das sereias, entre corais e anémonas e cavalos-marinhos, enfrentando tubarões e polvos gigantes; pelo reino dos duendes, perdidos em labirintos verdes resolvendo enigmas de pernas para o ar; pelo reino dos gnomos felizes que cultivavam as flores da amizade; pelo reino dos gigantes, onde só morava um gigante muito meigo e pelo reino das bruxas, onde existiam aranhas gigantes, morcegos com quatro asas e corvos sem penas.
Fizeram viagens inesquecíveis, até que um dia, Júlia deixou de ir ao sótão. Passaram dias e dias, Júlia deixou de abrir a caixinha dos sonhos e o Cavalo de Nuvem com asas prateadas adormeceu num sono profundo…
Passaram muitos anos. Júlia cresceu, casou e foi morar para outra cidade.
Numa tarde de primavera, Júlia levou Clarinha, a sua filha de 5 anos, a visitar a avó. Depois do lanche, Clarinha tinha permissão para ir brincar. Nessa tarde, subiu as escadas e decidiu explorar aquele mundo misterioso de “tralhas” antigas que a avó guardava no sótão.
Instantes depois, Clarinha desceu as escadas aos pulos, ao encontro da mãe:
- Mamã, mamã! Olha o que eu encontrei!... - disse ela, mostrando a Júlia uma caixinha em forma de diamante, decorada com pedras preciosas…
Ao pegar na caixa, Júlia sentiu aquele “friozinho na barriga” que a transportou vezes sem conta para lugares longínquos…
- Posso ficar com ela? Posso ficar com ela, mamã? – insistia Clarinha, encantada com o achado.
- É uma caixa mágica – disse-lhe Júlia. – Contém sonhos que esperam por ti, enquanto acreditares neles…
Os olhos de Clarinha iluminaram-se e, ela, curiosa, abriu a caixinha, sentindo um “friozinho na barriga”…
E o Cavalo de Nuvem com asas prateadas acordou do seu sono profundo.




Carolina Paredes, 7ºC

SE EU FOSSE...

Se eu fosse …



Se eu fosse uma caneta 
Passaria pelas mãos dos melhores escritores
Para com eles
Escrever aos seus amores.


Se eu fosse um caderno
Era organizado
Com os apontamentos em dia
Ninguém ficava atrapalhado.


Se eu fosse um livro
Continha histórias de encantar
Cada folha seria um desafio
E todos de mim iriam falar.


Se eu fosse um estojo
Sempre bem ajeitado
Cores várias saltariam
Sempre que fosse solicitado.


Se eu fosse uma folha
De desenho ou de escrita
Gostaria que me colorissem
Para ficar bem bonita.


Se eu fosse um lápis de cor
Esbelto e afiado
Gostaria de escrever amor
E ficar sempre inspirado.


Se eu fosse um apagador
Branco ou verde não importa
Apagava toda a dor
E toda a palavra torta.


Se eu fosse uma mochila
Vermelho seria a minha cor
Dentro de mim tenho um Mundo
De escrita, ação e, muito amor!



André de Oliveira Pinto, nº3, 7ºB                                   

SE EU FOSSE...



Se eu fosse uma borboleta



Se eu fosse borboleta
Enfeitar-me-ia de mil cores
Voaria até ao infinito
Rodopiaria, criaria amores
E faria um mundo bonito.
                         

Daria a volta ao mundo
Num segundo
Encantando as ruas das cidades
Alegrando as crianças
E diminuindo as vaidades.


Teria uma vida livre
E viveria feliz
Num sonho tornado realidade
A sorrir, a sentir o vento, a viver em liberdade.


Inventaria um mundo
Feito de borboletas
Que se resumiria
À beleza da natureza.


Daria ao mundo
Uma beleza infinita
Cheia de cores, paz e alegria
E o seu nome seria FANTASIA!




Rafaela Gomes Fernandes, nº19, 7ºB 

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

LEANDRA...


Leandra…

        Leandra era uma menina muito feliz. Adorava os pais e tudo o que a vida lhe dava. Era muito pobre e vivia numa casinha muito pequenina, com uma cozinha, casa de banho e um quarto. 

      Um certo dia, Leandra foi para a sua escola. No caminho encontrou uma menina muito bem vestida, com colares de pérolas, brincos de ouro, roupa de marca, tudo o que uma menina rica pode ter. Estava a chorar.

         A Leandra perguntou a si própria como é que uma menina que tinha tudo, estava ali a chorar no meio do caminho.

         Leandra decidiu, então, perguntar-lhe:

         -Porque é que estás a chorar?

         -Porque os meus pais parece que me ignoram. Só trabalham, trabalham e não têm tempo para mim!

         A Leandra, preocupada, disse-lhe:

         -Eles não fazem por mal, só querem o teu bem!

         E a menina respondeu:

         -Eu tenho feito um esforço para ter o mínimo da atenção deles: tenho tido notas razoáveis, comportamento excelente, às vezes preparo sobremesas saborosas para eles, mas mesmo assim eles não me dão atenção. Estou cansada!

          Leandra exclamou:

          -Deixa lá, mais tarde eles irão perceber o teu esforço!

          Passados uns tempos, a menina começou cada vez mais a ficar triste e foi cada vez mais tirando más notas.

          Até que chegou aos ouvidos dos pais que a menina andava a tirar más notas.

         Os pais resolveram ir ao colégio da filha perguntar o que se passava. No caminho, passaram por Leandra e perguntaram-lhe se sabia alguma coisa da filha.

           Leandra respondeu:

           -Eu não concordo com o que lhe fazem! Vocês não lhe reconhecem o esforço e ela faz tudo para vos agradar.

            Os pais perceberam que tinham errado e arrependeram-se.

            Daí em diante, deram-lhe mais atenção e ofereceram uma casa com condições à Leandra, como agradecimento.

                                                                                                                           Joana Teixeira 5ºB

     

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A praia...

A praia de novembro

Era novembro. O primeiro dia do mês chegara com uma radiante tarde de sol. Mesmo convidativa a um passeio familiar. Para minha alegria, o destino escolhido foi a praia.
Foram apenas alguns quilómetros que tanto custaram a passar, tal era a minha ansiedade de chegar ao destino. Finalmente, comecei a sentir o cheiro a mar, e a imensidão azul ocupou o meu olhar. Rapidamente, os meus pés tocaram os grãos de areia branca e fina. E em mim, cresceu a agradável sensação de liberdade, que despertou a minha imaginação. O sol iluminava o mar e a brisa trazia o som duma dança que acabava na areia, em pedaços de espuma branca.
A praia estava diferente, como se tivesse mudado de roupa. Estava finalmente liberta do barulho e da azáfama do verão. E agora, era só minha.
Corri, corri muito. Corri sem saber para onde. Corri porque me sentia feliz. Como era bom sentir o vento despentear-me os cabelos e quebrar o calor intenso do sol.
Sentei-me na areia, ao lado do meu irmão. Partilhámos o silêncio da praia e as lembranças do verão.
O tempo passou e já era hora de regressar. Apenas com o olhar despedi-me do mar. Senti um aperto no peito reconfortado pela alegria de poder voltar.
Aproximei-me dos meus pais e quebrei o silêncio com as palavras que me iam no pensamento:
“ – É nestes momentos que a vida é bela!”

Margarida Almeida  5.º B