sábado, 31 de maio de 2014


Adeus ao 2ºciclo!

 


          Está quase a terminar mais um ano letivo! O tempo passa mesmo a correr, pois parece que ainda foi ontem que cheguei de mansinho a esta escola, pronta para enfrentar um novo desafio, conhecer novos colegas, lidar com muitos mais professores, ter mais disciplinas, entre muitas outras coisas, tudo próprio de uma escola bem maior do que a do 1ºciclo.

         Ainda recordo o dia em que entrei na sala de aula para conhecer a DT e me deparei com tantas novidades, pois até o espaço era diferente, as paredes nuas, sem aqueles desenhos coloridos que costumam preenchê-las, dando-lhes mais vida e cor. Embora não demonstrasse, sentia um friozinho na barriga, uma expetativa pelo que iria acontecer a partir daí, mas, sempre firme, tentei parecer confiante, pois, naquele momento, já era crescida e teria de agir como tal.

        Olhando agora para trás, posso afirmar que a adaptação não foi assim tão difícil e que, quando dei por mim, sentia-me totalmente em casa, perfeitamente adaptada a esta escola, a este lugar. 

         Estes dois anos foram mesmo espetaculares! Convivi e convivo com amigos que nunca vou esquecer, professores maravilhosos que me ensinaram tanta coisa, sempre prontos a ajudar, participei em tantas atividades, desafios e fiz coisas novas e enriquecedoras que irão sempre marcar o meu percurso escolar.

       Mas, antes de irmos de férias e o 2ºciclo terminar, ainda há um outro desafio à nossa espera: os exames nacionais. Não posso dizer que não estou um pouco nervosa, porque isso não seria verdade, mas lá no fundo sei que tudo irá correr bem, pois sinto que estou preparada para chegar, fazer, sorrir e vencer. Tive bons professores, agora nada pode falhar…

               

Joana Margarida Martins Gomes nº8 6ºC

 

O meu tablet

 
Recebi uma prenda nova

Que me faz por momentos sorrir

Tem jogos e mais jogos,

E faz-me muitas vezes divertir.

 

Vou estimá-lo para sempre

Porque é mais um amigo

Mas vou ter de o partilhar

Com o meu irmão Rodrigo.

 

Gosto muito dele

Porque parece um chocolate.

Só podia falar de uma coisa,

Do meu objeto: o tablet.

 
Joana Soares, n.º 13, 5º A

O meu passe escolar


Não posso ir para casa

Sem o meu passe escolar

É um amigo mágico

Que me leva a outro lugar.

 

O meu passe escolar

Sempre me vai ajudar

Se eu me esquecer dele

Cinco euros vou ter de pagar.

 

É um objeto magnífico

Que não me deixa ficar mal

As pessoas dizem que não é grande ajuda,

Isto para mim não é normal.

 

Este amigo verdadeiro

É muito valioso,

Quando estou sempre com ele

Fico sempre curioso.

 

Tem por fora a minha foto

Ele é retangular,

Esse amigo maravilhoso

É o meu passe escolar!


Jorge Bragança, n.º 9, 5º B

Meu melhor amigo

 
Adoro o meu lápis,

Ele serve para escrever

E não há palavras

Para o descrever.

 

É o meu melhor amigo,

Ajuda-me todos os dias

E nunca tem avarias.

 

Parece uma pessoa,

Mas na verdade, é um objeto

Podia comprá-lo

Um arquiteto.

 

Não o vendia

Por nada deste mundo,

Pode ser um bocado velho,

Mas escreve profundo!

 

Falamos os dois,

Assim à nossa maneira

Discutimos assuntos,

Sem eira nem beira.

 

O meu melhor amigo

Escreve para mim

Sentimentos vividos

Que não têm fim!


Maria Gabriela Ribeiro, n.º 17, 5º A

Computador


Meu Querido Computador!

Sem ti, a vida não teria valor.

Em ti posso não só ler

Como também escrever.

 

Ó Computador!

Graças a ti, tornei-me um grande jogador

Só é pena a minha mãe controlar

O tempo que… estou a jogar.

Pois uma “cota” se está a tornar.

 

Tu tens muitas aplicações:

Contigo posso estudar as minhas lições,

O “Facebook” visitar

E trabalhos realizar.

 

Talvez seja uma parvoíce

Mas, se não existisses, seria uma chatice!

Pois não poderia na net navegar

E no chat conversar.


Dinis Martins, nº 8 do 5º A

Sonhar é…


Sonhar é imaginar

Um sonho, um pesadelo

Podemos viajar

Nem que seja num camelo.

 

A sonhar podemos ganhar asas

Voar, ir até à lua,

Sobrevoar as nossas casas

E dançar no meio da rua.

 

Sonhar é ter liberdade

Para cantar e dançar.

É fugir da realidade

Para ninguém nos chatear.

 

Sonhar é voar

E estar com a cabeça na lua,

Podemos visitar

Nem que seja a nossa rua.

 

Conseguimos rimar

Do fundo do coração,

Agora vamos terminar

Pois ficamos sem imaginação.

 

Texto coletivo do 5º A

Da janela...


DA JANELA DO MEU QUARTO

 

Da janela do meu quarto

Vejo o mundo à minha frente

Vejo um vale com ar cansado

Vejo um manto de cor verde.

 

Da janela do meu quarto

Vejo aldeias humildes e airosas

Vejo montes enrugados

Vejo coloridas mimosas.

 

Da janela do meu quarto

Vejo a vila de Vouzela

Vejo estradas de cor negra

Vejo como a paisagem é bela!

 

Da janela do meu quarto

Vejo casas robustas e velhas

Vejo uma mistura de encanto

Vejo também casas modernas.

 

Da janela do meu quarto

Vejo a minha cidade

Vejo caminhos de terra

Vejo construções já com alguma idade.

 

Da janela do meu quarto

Ouço os sons da natureza

Ouço os pássaros a cantar

Acordo com toda esta beleza!

 

Da janela do meu quarto

Ouço o sino da igreja a tocar

Bate as horas lentamente

Uma a uma para me avisar.

 

Da janela do meu quarto

Cheiro um aroma leve

Cheiro as pétalas das flores

Cheiro tudo o que vida pede!

Duarte Miguel Lourenço Lima, 6º D, nº 4

 

 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O mistério...


O mistério do homem de duas faces

Olá, eu sou a Tatiana, tenho três pernas, sou verde, tenho manchas verdes escuras e tenho três olhos (não façam essa cara, é verdade).

Vivo no planeta Krypton (sim, no mesmo que o super-herói) e tenho muitos amigos iguais (ou quase) a mim.

Vou contar-vos uma história de quando eu conheci um rapaz lindo de morrer!

Conheci-o num sítio mesmo estranho, inesperado: os correios! Eu ia enviar uma carta a uma amiga minha e lá estava ele, mal o vi, desmaiei…

Acordei no hospital com ele ao meu lado a sorrir para mim.

Chamava-se Daniel.

Naquele mesmo dia, fui para casa e ele não me queria deixar sozinha e ficou lá. Como ele não tinha casa,  disse-lhe que ele podia ficar lá.

Vivemos juntos durante muito tempo e namorámos durante três anos até que (por razões de trabalho) ele teve de ir para o planeta Terra.

Não nos vimos durante um ano, até que eu não aguentei mais, pequei na minha nave e parti…

Cheguei lá duas horas depois e fui procurá-lo .

Encontrei-o disfarçado (nem o reconhecia) a falar com umas raparigas, fiquei tão irritada!

Quando ele ia embora, apanhei-o e disse-lhe:

-O que é que tu estás a fazer, já me esqueceste?

-Não… não, claro que não- balbuciou ele.

Então,  peguei na lupa e disse assim:

-Ainda bem, vamos lá, qual é o caso?

-É o caso do homem de duas faces…

-Homem de duas faces?!- disse eu, atrapalhada.

Ele explicou-me que era um homem muito perigoso e que fugira da prisão lunar.

Pusemo-nos a procurá-lo e a perguntar às pessoas se o tinham visto, mas elas só fugiam a correr.

Fomos, então, procurar trabalho para mim e um detetive recebeu-nos muito bem.

Ele era muito estranho e usava sempre um chapéu gabardina, nunca mostrava o pescoço.

Até que entrámos num estabelecimento (era um café) e ele teve de tirar o chapéu.

Quando o tirou, vimos outra cara em vez da nuca, por isso é que ele nunca tirava o chapéu.

Pegámos nas algemas e prendemo-lo, levámo-lo para a nossa nave e fomos até à lua.

Prenderam-no logo de seguida e eu e o Daniel fomos para o nosso planeta natal.

E vivemos juntos desde então.

 Tatiana Rodrigues 6ºA Nº18

domingo, 4 de maio de 2014

Leitura recreativa


«O Segredo do Rio»

(Miguel Sousa Tavares)

                              em poesia


Vamos contar uma história

De uma bela amizade

Entre um rapaz e um peixe

Que ficou para a eternidade!

 

 O rapaz vivia numa casa

 Rodeada por um pomar

 Nunca faltava fruta fresca

 Para ele se deliciar!

 

Havia também dois carvalhos

Que a casa parecia guardar

Davam uma bela sombra

E muita beleza ao lugar!

 

Mas o seu sítio preferido

Era, sem dúvida, o ribeiro

Onde tomava longos banhos

E brincava o ano inteiro.

 

Todos adoravam o rio

E com ele tinham muito cuidado,

Pois a água limpa era um milagre

Que não podia ser estragado.

 

Na margem daquele ribeiro

Havia um pequeno espaço de areia

Onde, de dia, apanhava sol

E à noite uma brisa ligeira.

 

Numa noite de Verão

Algo inesperado aconteceu

Ouviu barulho e escondeu-se

E um grande javali apareceu.

 

Vinha com os seus filhotes

Para a sede poderem matar

Com a água fresca do ribeiro

E o rapaz ficou a observar.



Mas a maior aventura do rapaz

Estava para acontecer

Foi numa tarde de Primavera

Com tudo florido a valer!

 

O rapaz estava de bruços

Na pequena praia de areia

Distraído a brincar

Ouviu uma barulheira.

 

O estrondo vinha da água

Por isso, olhou admirado

E viu um peixe enorme

A dar saltos entusiasmado.

 


Nunca vira um peixe tão grande!

E ficou quieto na margem

Com medo e sem reação

Nem para fugir tinha coragem.

 

O peixe despreocupado

Nadava sem parar

Como se fosse o dono do lago

Logo começou a falar:

 

- Ó rapaz, vives aqui? -

Perguntou sem hesitar.

Ele apenas tremia de medo

E só conseguia gaguejar:

 

-Vi-vi-vo- respondeu por fim

- Mas que bonito lugar!

A água é muito limpa

É mesmo espectacular!

 

-És tu o dono do lago? -

Continuou o peixe falador.

O rapaz respondeu que sim

E ficou com um ar pensador…

                                                                                       

Então encheu-se de coragem

E finalmente perguntou:

-  Falas a língua das pessoas?

E o peixe começou:

 

- Eu nasci num aquário

Que era de um rapazinho

Tratava muito bem de mim

Era mesmo meu amiguinho!

 

- Falava tanto comigo

Que eu acabei por aprender

A linguagem das pessoas

Como tu podes bem ver!

 

- Mas eu cresci muito

E no aquário já não podia morar,

Então lançaram-me no rio

E eu nadei sem parar.

 

 
-Subi e desci ribeiros

À procura do melhor lugar

Para fazer a minha casa

Mas nada me consegue agradar.

 

O rapaz ficou em silêncio

A pensar no que fazer.

Que coisa mais estranha

Havia de lhe acontecer!

 

Embora gostasse muito

De sozinho brincar

Tinha pena do peixe

E decidiu que ia ajudar.

 

-Que espécie de peixe és tu? -

Perguntou-lhe com curiosidade.

- Sou uma carpa, um peixe do rio

E vivo até muita idade!

 

 

- Vamos fazer um acordo?

Podes ficar aqui a morar

Mas que falas a nossa língua

Ninguém pode imaginar!

 

Decidiram ser amigos

E juntos aprenderam a brincar

Riam e jogavam à bola

E não paravam de conversar.

 

Os dias com mais calor

Vieram com o verão

Nadavam juntos e mergulhavam

E assim passou essa estação.

 


O verão terminou

E os dias de calor continuaram

O Outono chegou

Mas as chuvas não começaram.

 

A comida escasseava

E o pai estava preocupado

Resmungava muito sozinho

E andava sempre calado!

 

De semana para semana,

Tudo ficava pior

A fruta apodrecia nas árvores

Era a tristeza em redor!

 


Por isso a mãe sugeriu-lhe

A carpa ir apanhar

Como era muito grande

Muito alimento ia dar.

 

O rapaz ficou aflito

Tinha medo do seu amigo perder

Então correu a avisá-lo:

- Vá, toca a desaparecer!

                                                                             

- Tens mesmo que ir embora!

E explicou-lhe a razão

- A comida escasseia

E vais ser tu a refeição.

 

Foi uma despedida difícil

As lágrimas corriam livremente

Aquela terrível separação

Podia ser para sempre!

 

O peixe desapareceu!

Mas que grande deceção

O pai ficou desolado

Com o coração na mão.

 

Todos andavam tristes

O rapaz nem ao rio ia

Tinha perdido o encanto

A sua verdadeira magia!

 

 
Desde esse triste dia

Duas semanas passaram

E numa bela noite de outono

As alegrias voltaram.

 

Uma agitação conhecida

Na água do rio percebeu

Olhou atentamente

E o peixe apareceu.

 

Sem demora calçou as botas

E pela janela pulou

Estava tão tão feliz

Que pela água dentro entrou.

 

- Olá amigo, voltaste!

- Sim, para viver aqui outra vez

Já resolvi o vosso problema,

Tenho comida para todos vocês.

 
                                                                           

Então o peixe contou

A aventura ao petiz

Para conseguir os alimentos

E fazer a sua família feliz!

 


- Quando saí daqui lembrei-me

Que há um tempo dormi

Num barco naufragado

E no porão alimentos vi.

 

-Eram latas de conserva

Por isso tive uma ideia

Regressar a esse barco

E retirar a carga inteira.

 

- Estendi uma rede no chão

E num saco gigantesco a transformei

Passei tudo para lá

E muito satisfeito fiquei.

 

- Como era muito grande

Sozinho não o podia puxar

Chamei então outros peixes

Mas não me conseguiram ajudar.

 

Foi então que aconteceu

Uma coisa espetacular

Apareceram duas raposas

Dispostas a cooperar.

 

Expliquei-lhes a intenção

E elas quiseram colaborar

Durante dias e noites

Foi puxar até fartar.

 

- Onde estão agora as raposas?

- Foram embora, mas vão voltar

E numa festa à roda da fogueira

Iremos juntos comemorar.

 

 

- O que vocês fizeram

Foi mesmo espetacular!

Amanhã contarei ao meu pai

Que o saco com comida conseguiste arrastar.

 

- Ele ficará muito contente,

Mas uma coisa vamos combinar

O nosso segredo mantém-se

Ninguém saberá que consegues falar.

 

- Ainda lhe vou dizer

Que és inteligente e nosso amigo,

Que nos salvaste da fome

E que viveres aqui é bem merecido.

 


O rapaz contou aos pais

E toda a manhã trabalharam

Latas de comida de todo o tipo

Para casa carregaram.

 

- O peixe é especial

Embora não consiga falar.

O rapaz sorriu encantado…

Se o pai pudesse imaginar.

 

A primeira coisa que o pai fez

Quando acabou de almoçar

Foi elaborar uma tabuleta

Com o aviso”Proibido pescar”.

 

Colocou-a ao pé do rio

E o rapaz seguiu o exemplo

Escrevendo numa outra tabuleta

Este lindo pensamento:

 

 
“ Este rio tem um segredo

                                    e esse segredo é só meu.”

 

                                                                           Trabalho elaborado por Joana Gomes  6.º C, apresentado numa sessão de leitura em conjunto com o Encarregado de Educação.