quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Neste Natal e em todos os dias das nossas vidas desejo que a paz, a harmonia, a amizade, o amor e a esperança habitem nos corações de todos nós.

Que a solidão, o egoísmo, a falta de respeito e de humildade sejam para sempre banidos!

Não vamos esquecer que a vida é uma viagem e o que devemos guardar no nosso coração são as pessoas que se cruzam connosco pelo caminho…



BOM NATAL

UM ANO NOVO REPLETO DE SAÚDE!


O meu sonho de Natal



Tive um sonho lindo, um sonho tão lindo que não queria acordar.

Nesse sonho lindo, no meu país, todos eram felizes, amavam-se uns aos outros, todos tinham dinheiro para comprar o que necessitavam. Não havia fome, todos tinham emprego e havia comida em todas as casas.

As crianças tinham brinquedos e iam felizes para a escola e todas aprendiam bem.

O meu sonho era tão lindo, que não havia barracas, não havia pessoas a viver na rua e as crianças não iam para as Instituições, porque todos tinham uma família onde havia paz e muito amor.

No meu sonho lindo, as pessoas entendiam-se e não havia má educação. Todas se cumprimentavam e sorriam de felicidade. Na rua, as luzes brilhavam, havia presépios espalhados por vários lugares e todos agradeciam a Deus por viverem tão bem.

O meu Natal era maravilhoso, eu receberia de presente um cãozinho lindo e meiguinho. Tínhamos convidado amigos e todos recebiam presentes.

Acordei, tudo não tinha passado de um sonho!

As pessoas, afinal, vivem mal e nem sequer se amam umas às outras. Os governantes são desonestos e as pessoas são muito egoístas.

Faz-me sofrer, porque não é este o mundo que eu quero.

O Natal é o nascimento de Jesus, um homem que ensinou o bem, a tolerância, a paz e o amor.

Este Natal, quero ter a esperança de que irá nascer uma vida nova e iremos ser felizes.

Ajudemo-nos uns aos outros!



                                                                                                               Mariana Abreu, 6ºD

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


Acreditar no Pai Natal…



Um dia, estava eu a preparar-me para ir para a escola, quando vi umas luzinhas a brilharem no meu quarto. Pareciam pirilampos… e eram mesmo! Segui-os pela minha casa até que chegámos à porta de saída.

-Olá Sofia! - Saudaram-me eles.

-Olá! O que estão aqui a fazer em minha casa? – Perguntei-lhes.

-Temos uma mensagem para ti, vinda do Pai Natal! – Disseram eles em coro, pulando.

-A sério?! Mas como? O Pai Natal não existe!... – Desconfiei.

-Existe sim! Acredita! Ele quer que o ajudes a ler todas aquelas cartas vindas de milhões de crianças no Mundo. Mas, espera! Como é que não estranhaste o facto de nós falarmos?

- Já vos tinha visto a falarem com a minha vizinha. Mas, isso agora não interessa. Vamos lá ter com o Pai Natal!

Fizemos uma longa viagem até um sítio que não vos posso dizer onde é. O Pai Natal não me deixou.

Estivemos durante dezenas de dias a ler, até que chegámos a uma carta muito especial… Era do meu irmão mais novo, preocupado, a pedir que eu voltasse para casa! Também eu sentia saudades dele e dos meus pais, é claro!

- Desculpe, Pai Natal, mas vou ter de ir embora. Os seus amigos pirilampos podem ajudar-me?

- Sim, claro! Adeus, Sofia! Um bom Natal para ti! E muito obrigado! Ah! E já sabes, nunca é tarde para acreditar no Pai Natal!





Ana Sofia Martins

6º D

                                                      Texto livre




                Acordei um dia muito assustada, porque pensava que já estava atrasada para a escola, mas só depois é que me lembrei que aquele era o meu primeiro dia de férias. Fiquei logo aliviada, porque eu não gosto nada de chegar atrasada às aulas.

            Quando me levantei, fui ver televisão que é o que eu costumo fazer de manhã quando não tenho aulas.

            Na parte da tarde, não sabia o que fazer, pois não tinha que estudar, então decidi ir brincar com o meu irmão.

            Nas primeiras semanas, ainda estava a gostar das férias, porque estava a descansar da escola, mas quando começou o mês de Julho comecei a sentir algum aborrecimento, porque não tinha nada para fazer. Ia à piscina, corria, jogava matraquilhos … e todos os dias fazia sempre a mesma coisa, mas lá se passou mais ou menos bem o mês.

            No dia 31 de Julho, estava muito ansiosa para que o dia passasse rápido, uma vez que eu em Agosto vou sempre para a praia, no Algarve.

            Chegou o dia 1 de Agosto e eu já tinha as minhas malas feitas para partir, mas só pudemos ir no dia 4, pois a minha mãe ainda trabalhou nessa semana.

            No dia em que cheguei ao Algarve, não parava de pensar e falar na praia. Os meus pais fizeram-me a vontade e ainda fomos à praia no dia da chegada, à tardinha.

            Passada uma semana e meia, chegaram ao Algarve uns amigos do Luxemburgo e, desde aí, ficamos sempre juntos.

            Nessa semana ainda tivemos outra surpresa, os meus tios foram ter connosco ao Algarve com uma amiga deles.

            Passamos apenas uma semana todos juntos, mas foi muito bom.

            Eu, os meus pais e os meus irmãos tivemos que vir embora, porque já estávamos no Algarve há muito tempo, mas ainda fizemos umas pequenas paragens em algumas cidades, pois queríamos conhecê-las melhor.

            Saímos do Algarve de manhã, parámos para almoçar em Beja, passeamos por lá, descobrimos o sítio onde os concorrentes do programa da SIC « Peso Pesado» faziam algumas provas. O resto do dia, estivemos a fazer a viagem para Évora onde fomos visitar a Capela dos Ossos e o Templo de Diana. Já o tínhamos visitado, mas fomos relembrá-lo.

            Nesse mesmo dia, ainda conseguimos fazer a viagem para Almada, onde pernoitámos.

            No dia seguinte, estivemos a dormir até tarde e só saímos de casa para visitar o museu da República e o Palácio de Belém. Quando acabaram todas as visitar estávamos com muita fome, então decidimos ir comer os famosíssimos pastéis de Belém e aí deliciámo-nos.

            O dia seguinte era o único que nós ainda tínhamos para aproveitar. Decidimos, então, ir ao Museu de Arte Antiga, porque nunca o tínhamos visitado e despertava-nos alguma curiosidade. O museu era muito grande, por isso, só conseguimos sair de lá por volta do meio-dia. No fim de almoçar e de passearmos mais um bocadinho, regressámos novamente à terra natal e passados uns dias começou novamente a azáfama de ir para a escola.

            Estes foram alguns episódios das minhas férias de verão, que gostei muito como decorreram. Não me importava que se repetissem sempre assim. 



                                                                                                                              Catarina Ventura, 6ºD, Nº6


Uma manhã em frente à janela



Era de manhã, quando me levantei e me espreguicei vagarosamente até à porta do meu quarto.

Caminhei até ao jardim como uma folha esvoaçando pelo céu, sentei-me, aconchegando-me naquela relva macia, e fui falar com o sol dizendo-lhe “olá”.

Aproximou-se de mim e retribuiu-me com uma saudação solarenga. Mais tarde, iniciámos uma pequena conversa. Sentia-me bem, gostava de interrogá-lo com algumas das minhas curiosidades.

-Então, sol, o que vais fazer durante a tua folga?

-Eu? De folga?! Isso era o que eu queria… Vou viajar por vários países, mas vou trabalhar, é claro. Aqui, acabaram os tempos quentes mas há lugares onde amanhã começará o verão. Nunca tenho uma única folga…

-A sério?! Mas à noite nunca está calor, por isso tens umas horas de férias…

-Mesmo assim, à noite viajo para outros lugares onde seja dia.

-Ah! Agora já entendi!

De repente, um grande arco-íris sorriu de orelha a orelha e juntou-se a nós muito apressadamente.

-O que é que estão aqui a fazer? – Interrogou-nos ele.

-Estávamos a falar. Mas porquê, o que aconteceu?

-Ainda nada aconteceu, mas está prestes acontecer. Vêm aí as primeiras chuvas. Fujam!

Nesse mesmo instante, o sol desapareceu, juntamente com o arco-íris; as nuvens e a chuva apareceram e foi então que percebi que tudo aquilo era um sonho.

Acordei e senti o sopro do vento a baloiçar os meus longos cabelos parecendo que estava a chamar por mim. Levantei-me levemente, como sempre, e reparei que a janela já estava aberta. Os cortinados dançavam dizendo-me “bom dia”. Espreitei pelo parapeito da janela e vi que chegara a esperada estação do ano. Não vou dizer qual é, para já, é segredo… Mas não tardam muito a perceber.

Já não se veem andorinhas a voar, parecem ter feito as malas e partido à procura de uma brisa de calor, um país, de seu nome África. Apareceram novas cores esboçadas em árvores. Era como se um pintor passasse por lá e colorisse as suas folhas bem como os jardins de todas as casas. Algumas das folhas já caídas, mas todas com os mesmos tons de cores. Entre elas, destacavam-se um laranja-tijolo, amarelo-torrado, um castanho desvanecido e um roxo pálido. Era grande a vontade de mergulhar naquele tapete fofo e multicolor.

Dei por mim a avistar ao longe umas quantas pessoas muito atarefadas com as suas colheitas. Algumas colhiam douradas espigas de milho, outras colhiam cachos de uvas reluzentes e ainda nozes e maçãs. Disse para mim: “Pensava que o verão tinha acabado, mas não. Sim, as nuvens estão a cobrir o sol e o vento sopra na minha cara mas o calor continua a fazer sentir-se.”

Até que saltei por ter ouvido aquele zumbido horrível do telefone que me atormentava. Naquele pequeno ecrã, estava escrito “avós” e atendi de imediato. Era um convite para os ajudar a fazer a desfolhada com toda a vizinhança da aldeia!

Mais tarde, vi o meu pai juntamente com o vizinho do lado. “Lá vão eles procurar, entre vales e florestas, lebres e perdizes”, pensei. Talvez apanhem umas castanhas para brevemente fazermos o Magusto. Adoro essa altura!... Enfarrusco-me e fico como uma nuvem negra, é uma festa de diversão!

Esbocei um sorriso e fechei os olhos. Pensei no que tinha feito durante o verão. O meu álbum de fotografias mental dava-me a recordar momentos inesquecíveis e imagens um pouco apagadas, como se alguém estivesse a usar uma borracha, desfocando-as e desvanecendo-as.

Os meus olhos reluzentes continuaram a focar aquela estação do ano maravilhosa! Até que ouvi a buzina do autocarro a apitar e apercebi-me que estava na hora de ir para a escola. Caminhei com os meus pezinhos de algodão e fui preparar-me para ir embora. Abri a porta e, sorrateiramente, ouvi alguém dizer “Chegou o outono!”





Ana Sofia Martins, nº 4, 6ºD       




















As novas sete maravilhas da Natureza



Hoje, enquanto fazia companhia à minha mãe, reparei nas notícias que falavam das “novas sete maravilhas da Natureza “. Já ouvi falar muitas vezes nessa expressão, mas se me perguntassem o que são ou quais são, eu não saberia responder. Por isso, resolvi ir pesquisar e ficar a saber um pouco mais sobre este assunto.

Descobri que “As novas sete maravilhas da Natureza“ são lugares (sítios) extraordinários e que se distinguem pela sua beleza natural. “7 wonders of Nature” é o nome da fundação criada por Bernard Weber. Os resultados da votação foram divulgados a 11/11/11, a partir da fundação.

 São elas: Baía de Halong; Parque Natural de Komodo; ilha Vulcânica e Tubos de Lava de Jeju; Parque nacional do rio subterrâneo de Puerto Princesa; Table Mountain (montanha da mesa); Cataratas do Iguaçu e Amazónia.

A Baía de Halong, no Vietnam, é a mais conhecida baía desse país. Muitas das ilhas não estão habitadas, nem sofreram alterações humanas. É um sítio com uma grande beleza e de muito interesse biológico.

O Parque Natural de Komodo, na Indonésia, foi criado com o objetivo de proteger o habitat do dragão do Komodo e também para proteger as florestas. Aqui habitam inúmeras espécies de peixes, tubarões, baleias, golfinhos e tartarugas marinhas.

Na Coreia do Sul situa-se a Ilha Vulcânica e Tubo de Lava de Jeju, com grande valor científico devido aos seus tubos de lava, que são agora umas das maiores cavernas do mundo e às suas plantas autóctones (naturais desse clima).

A Montanha da Mesa é uma grande montanha que tem o cume plano. Situa-se na África do Sul e é o único lugar do mundo, da natureza, com o nome de uma constelação astral mensa (designação em latim para mesa). No cume plano encontram-se resíduos de erosão de seis milhões de anos e uma flora riquíssima. É considerado o menor lugar do mundo com mais de 1.470 espécies de flores.

 As Cataratas do Iguaçu são um conjunto de 275 quedas de água do rio Iguaçu, localizadas entre o Brasil e a Argentina, rodeadas pela floresta subtropical.

O Parque Nacional rio subterrâneo de Puerto Princesa situa-se nas Filipinas e é uma das mais importantes florestas da Ásia. Este parque mistura uma fantástica paisagem com um rio subterrâneo onde existe uma grande variedade de animais endémicos ameaçados, incluindo o faisão-esporeiro, o morcego-raposa, a lontra Aonyx cinerea, os pequenos pandas, as civetas e os texugos Mydaus javanensis. 

A Amazónia é uma floresta húmida que abrange sete milhões de quilómetros quadrados, dos quais cinco e meio são cobertos pela floresta tropical. Esta região inclui territórios pertencentes a várias nações, nomeadamente, Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e França (Guiana Francesa). Representa mais da metade das florestas tropicais do planeta e compreende uma imensa biodiversidade.

Realmente são todas fantásticas e merecem ser apelidadas como “novas sete maravilhas da Natureza”. Um dia, mais tarde, se tiver oportunidade gostava de visitar as cataratas. Já imagino a frescura e o som da água a cair, a claridade e a magia daquele lugar… Também adorava dar uma volta de barco pelo rio subterrâneo de Puerto Princesa que deve ser magnífico. Espero que o Homem saiba preservar estes tesouros da Natureza.





Inês Paiva, nº 13, 6ºD

domingo, 4 de dezembro de 2011

O castanheiro

                Era uma vez um castanheiro. Esse castanheiro era gigante, com um tronco muito grosso e também muito alto, os ramos dele tinham quase oito metros de comprimento cada um e eram um pouco grossos de largura, mas era um castanheiro bonito. Os seus ouriços eram redondos com uma esfera cheia de picos, bem afiados, bem grossos e, principalmente, bem assustadores. E, o que os ouriços continham, também não era nada de pequeno: eram castanhas também muito grandes e muito gostosas; pelo menos, era o que diziam.

                O castanheiro situava-se numa pequena quinta de um agricultor.

                Essa quinta tinha muitas flores: em canteiros tinha rosas com pétalas grandes e vermelhas, tinha lírios brancos, amarelos e lilases. Tinha também muitas oliveiras e árvores de fruto: laranjeiras, macieiras, pereiras, cerejeiras, limoeiros… mas, nenhuma dessas árvores se destacava tanto como o magnífico castanheiro que, no outono, dava castanhas e, no verão, dava sombra e abrigava os ninhos dos passarinhos.

                O agricultor, um senhor já de alguma idade, careca, baixo, mas elegante, esforçava-se muito pela sua quinta: regava-a todos os dias com o maior carinho e ternura que conseguia e podia. A casa do agricultor ficava num dos lados da quinta. Era uma casa grande e vistosa e nela moravam o agricultor e o seu filho.

Certo dia, o agricultor começou a sentir-se mal e ficou doente. O seu filho levou-o ao médico; o médico recomendou que ele fosse visto por outros médicos e assim foi mas nenhum encontrou cura para a sua doença.

O agricultor ia todos os dias ver o castanheiro e desabafava como estava a ser difícil a sua vida; o castanheiro ouvia sem nada dizer.

O castanheiro, à medida que o agricultor ia ficando cada vez mais doente, também entristeceu e foi perdendo muitas das suas belas qualidades: deixou de dar muitas castanhas e as que dava eram pequeninas e a maior parte delas estavam estragadas.

Passados uns tempos, os sinos da igreja tocaram: o agricultor tinha morrido.

Na primavera seguinte, o castanheiro também não voltou a enverdecer.

A partir daí, todos os que por lá passavam, passaram a acreditar que as árvores também podiam morrer de desgosto.

O filho do velho agricultor talvez tenha pensado no mesmo. Um dia, chamou uns madeireiros que cortaram o castanheiro seco e enorme. Partiram-no em cavacos e, no inverno seguinte, dia a dia, sentado à lareira, aquecia-se com eles. Olhava a chama amarela e alaranjada e lembrava-se de tudo o que já tinha perdido!





Manuel Duarte, Nº12, 6ºB