sexta-feira, 28 de março de 2014

Poesia...


xislândia

A Xislândia é um país

Pelo qual posso viajar

Não é um sítio real

Pois nele posso fantasiar!

 

Por isso, este país

É um lugar diferente

Onde posso voar

E sonhar para sempre.

 

Não é habitado por qualquer gente

Não moram cá adultos

Mas sim fadas, unicórnios, dragões e duendes

E toda a criança que sente!

 

Este país não tem limites

É o lugar da imaginação

Onde tudo se resume

Ao bater do coração.

 

Poema baseado no livro”O Alfabeto dos Países” de José Jorge Letria

 

Rafaela Fernandes, nº17, 6ºD

 

 

terça-feira, 4 de março de 2014


100 anos da linha do Vouga

(1914-2014)

 

Comemora-se este ano a chegada da linha do Vouga a São Pedro do Sul. Dada a importância histórica deste acontecimento, marcante para todos nós, vão organizar-se vários acontecimentos para celebrar esta data.

A linha do Vouga começava em Espinho e acabava em Viseu, percorrendo por entre vales e riachos as margens do rio Vouga. A inauguração da linha do Vouga, pelo último rei de Portugal, D. Manuel II, aconteceu em 28 de novembro de 1908 em Espinho. A linha chegaria a São Pedro do Sul, com grandes festejos e entusiasmo, a 5 de fevereiro de 1914.

 O projeto e a construção desta linha de caminhos de ferro envolveram muitas pessoas (engenheiros, operários, etc.), tendo sido construída para transportar pessoas e escoar os produtos agrícolas da região. Durante décadas, a locomotiva permitiu e facilitou a deslocação das pessoas e contribuiu para o desenvolvimento económico.

Após tantos anos de serviço às populações, o troço entre Sernada do Vouga e Viseu foi encerrado em 1 de janeiro de 1990, deixando grande saudade nas populações vizinhas.

Ao longo da linha do Vouga havia várias estações e alguns apeadeiros, nomeadamente em São Pedro do Sul (esta estação foi recuperada e atualmente é um espaço de restaurante e de artesanato). Após a retirada dos caminhos de ferro, a linha tem vindo a ser utilizada para passeios pedestres e de bicicleta.

A comemoração dos 100 anos dos caminhos de ferro em São Pedro do Sul conta com uma exposição nos paços do concelho de 5 a 26 de fevereiro. Vai haver uma palestra sábado, dia 22 de fevereiro, no cineteatro, e uma caminhada pelo troço na manhã do dia 23, seguida de uma recreação teatral da inauguração do último troço da linha na antiga estação. A nossa escola também se juntou ao acontecimento com uma exposição.

Muito se fala na reabertura da linha do Vouga, nomeadamente para fins turísticos. Passará por aí o futuro que todos gostaríamos?

 

Miguel Damião/nº 15/ 6ºD
08/02/2014

                   

sábado, 1 de março de 2014


A menina e a lua

            Naquela manhã de primavera, a Joana saiu de casa muito triste, pois aproximava-se um dia de escola. Subiu umas poucas de rampas e de escadas, até chegar à estrada.

            Ao pé da estrada, do lado direito, havia uma paragem de autocarro, onde todos os “amigos” de Joana se sentavam à espera do autocarro. Na realidade, as pessoas que se sentavam nesse banco não eram amigas de Joana, pois ela não tinha amigos.

            Joana era uma menina baixa, que tinha um cabelo liso e preto, os seus olhos eram cor de avelã e a sua boca era como uma romã, bem encarnada. Ela não tinha amigos, pois todos gozavam com ela por ser tão baixa e usar óculos. Passava no corredor da escola e o que mais ouvia eram alunos a insultá-la que diziam “És uma caixa de óculos!” e muitos outros insultos. Assim, Joana acabava por se isolar num canto da escola, onde chorava para deitar a sua dor toda para fora, pois não tinha com quem desabafar.

            Nas aulas ninguém queria ficar ao pé dela, então era obrigada a ficar sempre sozinha. Não era muito boa aluna, pois não tinha auto-confiança e, com todas as bocas, Joana ainda se ia mais abaixo. Por vezes preferia calar-se, não se defender e deixar-se levar pelo que as outras pessoas diziam.

            Quando chegava a casa, os pais ainda estavam a trabalhar, então Joana trancava-se no quarto e estudava com pouca concentração, mas quando anoitecia e a lua subia ao céu, Joana vestia um casaco, abria a janela e punha-se a falar com ela.

            Por muito estranho que pareça, a lua era a única amiga de Joana, era com a lua que ela expressava os seus sentimentos.

            Podem não acreditar, mas tudo é possível, porque um dia a lua falou com Joana. Lembro-me perfeitamente desse momento como se tivesse acontecido ontem. Eram onze horas da noite e Joana chorava, chorava, então ouviu-se uma voz suave e meiga que dissera:

            -Não chores, Joana!

            Joana, ouvindo isto, parou de chorar e soluçando, com uma voz baixa, sussurrou:

            -Quem és tu?

            -Sou a lua, estive a ouvir e a ver-te todos os dias quando falavas para mim pela janela, mas eu não gosto de te ver chorar.

            -Mas eu estou muito triste, não tenho amigos!

            -Tens, tens, tens-me a mim, eu sou tua amiga!

            -Sim, eu sei mas todos os outros meninos gozam comigo!

            -Amanhã é dia de escola, e quando os teus colegas te insultarem, segues em frente e não ligas ao que eles dizem. Mas, agora, mudando de assunto, queres vir dar um passeio pelo céu?

            -Claro que sim, nunca na vida eu iria recusar!

            No dia seguinte, Joana parecia outra pessoa, totalmente diferente, muito mais divertida e alegre e nunca mais voltou a chorar nos cantos da escola. Ela fez muitos amigos e os seus outros colegas deixaram de a chatear.

            E tu? Nunca te deixes ir a baixo com coisas que os totós de alguns dos teus colegas te dizem. Segue em frente e vive a tua vida ao máximo!

Carolina Raquel Rocha Ferreira Nº2 6ºA