domingo, 31 de janeiro de 2016

Poema paralelo à "Nau Catrineta"

A mota d’água do Zé Manel

Lá vem a mota d’água
Que tem muito que contar
Vejam, agora, ouvintes
O Zé Manel a guiar.

Passava mais de 2 horas
Na mota d’água a guiar
Já não tinha onde se segurar
Pois estava de pernas para o ar.
Tentou fazer o pino
Para o público agradar
Foi atingido por uma onda
Que o fez cair ao mar.
Tentou fazer manobras
Mas nenhuma resultou
Pobre Zé Manel
Que se envergonhou.
-“Nada, nada, Zé Manel
Não fiques aí parado
Vem aí um tubarão
Que está desesperado.”
-“Não vejo tubarão nenhum
Vou continuar a nadar
Fazendo muitas manobras
Para o público encantar.”
-“Nada, nada, Zé Manel
Não fiques aí especado
Vem aí um tubarão
Que está muito esfomeado.”
-“ Ai, meu Deus, grande susto
Não imaginava este tubarão
Obrigado, amigo Joaquim
Pela tua atenção.
Estava prestes a morder-me
Aquele tubarão assustador
Não imaginava como seria
Se não fosse a tua gritaria.
-“ Vou-me aproximar da terra
Para não me voltar a assustar.”
-“ Aquela é a minha namorada
Oh! Olha como ela é bela!
É tão alta e formosa
E ofereço-ta para casares com ela!”
-“ A tua namorada não quero
Que te custou a encontrar.”
-“Vou-te dar a minha casa
Para poderes nela morar.”
- “ Não quero a tua casa
Que te custou a pagar.”
-“Dou-te o meu carrossel
Para com os teus filhos brincares”
-“Guarda o teu carrossel
Pois triste vais ficar.”
-“Vou-te dar a mota d’água
Para nela manobrares.”
-“Não quero a mota d’água
Porque nela não sei andar.”
-“Então que queres tu Joaquim
Que recompensa te hei de dar?”
-“Amigo, quero a tua alma
Para a poder guardar.”
-“Renego a ti, demónio
Que me estavas a enganar
A minha alma é só de Deus
O meu corpo venero eu ao mar.”

Tomou-o  um santo no coração
E lá pode manobrar
Deu um estouro o Joaquim
Acalmaram vento e mar
E á noite o Zé Manel
Estava na cama a ressonar.



Ana Cristina , Joana Teixeira , Maria João  e Tomás       6.ºB