terça-feira, 3 de março de 2015

POESIA

A Serra no olhar

Quando a serra prende o meu olhar,
a minha vida recomeça.
O tempo parece parar
e nada mais me interessa.

A minha alma rebenta de emoção
e, dentro de mim, oiço uma canção.
São fios de água a deslizar.
São pássaros a trinar.
Tudo encaixa na perfeição.

Numa mistura de verde e lilás,
com formas sempre em mudança,
caminhos de pedras e esperança
como nenhum artista faz.

O vento cortante raspa-me a cara,
traz-me a felicidade ao coração.
As nuvens brancas são como sonhos
que cabem na minha mão.
E até posso voar,
num voo calmo e profundo.
Leve como um sopro
capaz de engolir o mundo.

Eu podia ir até lá.
Lá onde o silêncio me acalma,
onde a brisa me embala.
Lá onde lavo a minha alma.
E em cada romper do dia,
abro a janela fechada.
Sinto uma estranha alegria
pois ela estará lá, a minha Serra da Arada!


Margarida Almeida   5.ºB



segunda-feira, 2 de março de 2015

Sentimentos...

Sentimentos de uma mesa…


      A mesa não é um ser vivo mas será que não tem sentimentos?!
Penso que deve ter sentido uma grande dor quando a risquei e, se eu fosse uma mesa, também não gostaria que me riscassem.
A mesa, deve-se ter sentido ferida, abandonada, irritada, triste,…Afinal se estivéssemos no seu lugar também não gostávamos de sofrer tanto.
Devo-a ter magoado numa perna, na cabeça ou até num braço. Deve teve ido para o Hospital dos objetos! É um dos melhores! Lá os médicos são um espectáculo: levam chocolate quente para quem quiser, um saco de “box” para os doentes se esforçarem…, mas também dão umas vacinas eficazes .As mesas até costumam ter sorte, pois existe uma espécie de “secador 1-2-3” que cura logo qualquer coisinha ou satisfaz logo qualquer mesa. Por fim, no Hospital dos objetos, todos têm direito a um SPA gratuito para descansarem/relaxarem ao fim de tantas atividades.
Se conseguisse comunicar com a mesa que feri, só me apetecia suplicar-lhe e pedir-lhe desculpa pela minha ação. Não sei se os meus colegas também lhe pediram desculpa, mas eu faço o que acho mais correto…

Gonçalo Almeida   5.ºB



POESIA...

Como te vejo...

O teu corpo é bonito
E eu gosto dele assim
Mas fica ainda mais belo
Com uns pozinhos de perlimpimpim.

O teu cabelo é diferente
E tem vários tons de cores
No verão quando te vejo
Imagino nele brancas flores.

O teu rosto é encarnado
como a rosa do meu jardim
quando passeias pela manhã
é uma alegria para mim.

A tua roupa é engraçada
como uma anedota dita por mim
quando me rio, lembro-me logo
do teu vestido de cetim.

Gosto muito de te ver
De uma maneira qualquer
Quer seja divertida ou elegante
Da forma que eu quiser.

Gonçalo Almeida   5.ºB