Uma história encantadora
Era uma vez um senhor chamado
Guilherme que vivia numa terra chamada “O vale da Tristeza”.
Guilherme era uma pessoa muito má e
egoísta que detestava o Natal.
Todos os anos, enquanto as pessoas
preparavam tudo para a noite especial, Guilherme ficava dentro da sua casa, sem
falar com ninguém, o seu único objetivo era viver a sua vida sem partilhar nada
com ninguém e, por isso, para ele o Natal só era uma época em que as pessoas
davam atenção demais a coisas sem valor e não se preocupavam com o seu
trabalho.
Os anos foram passando até que
Guilherme se começou a cansar da sua vida solitária e tentou remediar a
situação começando a conviver com as pessoas, mas agora já ninguém lhe dava
atenção.
Um dia de manhãzinha, o senhor
Guilherme passou por uma criancinha que estava no chão sentada, cheia de frio
e, sem querer, deixou cair uma moeda ao lado dela. A menina apanhou-a e
devolveu-a ao senhor Guilherme mas este decidiu ser generoso e, pela primeira
vez, partilhou alguma coisa com alguém e deixou a menina ficar com a moeda.
Esta agradeceu com um sorriso largo e luminoso e, assim, o senhor Guilherme
percebeu a consequência de um gesto e o significado de um sorriso e perguntou:
- Onde está a tua mãe?
- Eu não tenho mãe.- respondeu a
menina.
- E pai, onde está o teu pai?
- Eu não tenho papá, eu vivo sozinha.
- Queres vir viver comigo para minha
casa? – inquiriu o senhor Guilherme.
A menina não respondeu, mas também
não hesitou.
Ainda era cedo e estava pouca gente
na rua, mas rapidamente se soube que o senhor Guilherme, ou como o tratavam “o
antissocial”, tinha “adotado” uma criança.
O senhor Guilherme era agora muito
mais feliz, tinha aprendido a dar o valor verdadeiro às coisas. Pela primeira
vez enfeitou a sua casa com decorações natalícias, foi a várias festas
populares e fez muitos mais donativos para os pobres.
A sua “filha” tornou-se uma criança
feliz, já andava na escola e tinha uma vida digna.
Esta é a história de um homem que não
sabia dar valor à vida, que era muito egoísta mas que, de um momento para o
outro, abriu os olhos e descobriu a felicidade.
- Então, o que achaste da história,
filho?
- Gostei, é muito gira, mas por que é
que o senhor era mau para os pobrezinhos? E por que é que o senhor não gostava
do Natal?
- Sabes, filho, há pessoas muito
infelizes, porque não sabem dar valor à vida. Já é tarde, tens que ir dormir.
- Boa noite, papá.
Boa noite, meu filho.
3.º lugar no concurso “Palavras de Natal” – 3.º ciclo Ano letivo 2012/13
Margarida Machado
N.º 13 7.ºA
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