sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Uma história encantadora

 

Era uma vez um senhor chamado Guilherme que vivia numa terra chamada “O vale da Tristeza”.

Guilherme era uma pessoa muito má e egoísta que detestava o Natal.

Todos os anos, enquanto as pessoas preparavam tudo para a noite especial, Guilherme ficava dentro da sua casa, sem falar com ninguém, o seu único objetivo era viver a sua vida sem partilhar nada com ninguém e, por isso, para ele o Natal só era uma época em que as pessoas davam atenção demais a coisas sem valor e não se preocupavam com o seu trabalho.

Os anos foram passando até que Guilherme se começou a cansar da sua vida solitária e tentou remediar a situação começando a conviver com as pessoas, mas agora já ninguém lhe dava atenção.

Um dia de manhãzinha, o senhor Guilherme passou por uma criancinha que estava no chão sentada, cheia de frio e, sem querer, deixou cair uma moeda ao lado dela. A menina apanhou-a e devolveu-a ao senhor Guilherme mas este decidiu ser generoso e, pela primeira vez, partilhou alguma coisa com alguém e deixou a menina ficar com a moeda. Esta agradeceu com um sorriso largo e luminoso e, assim, o senhor Guilherme percebeu a consequência de um gesto e o significado de um sorriso e perguntou:

- Onde está a tua mãe?

- Eu não tenho mãe.- respondeu a menina.

- E pai, onde está o teu pai?

- Eu não tenho papá, eu vivo sozinha.

- Queres vir viver comigo para minha casa? – inquiriu o senhor Guilherme.

A menina não respondeu, mas também não hesitou.

Ainda era cedo e estava pouca gente na rua, mas rapidamente se soube que o senhor Guilherme, ou como o tratavam “o antissocial”, tinha “adotado” uma criança.

O senhor Guilherme era agora muito mais feliz, tinha aprendido a dar o valor verdadeiro às coisas. Pela primeira vez enfeitou a sua casa com decorações natalícias, foi a várias festas populares e fez muitos mais donativos para os pobres.

A sua “filha” tornou-se uma criança feliz, já andava na escola e tinha uma vida digna.

Esta é a história de um homem que não sabia dar valor à vida, que era muito egoísta mas que, de um momento para o outro, abriu os olhos e descobriu a felicidade.

- Então, o que achaste da história, filho?

- Gostei, é muito gira, mas por que é que o senhor era mau para os pobrezinhos? E por que é que o senhor não gostava do Natal?

- Sabes, filho, há pessoas muito infelizes, porque não sabem dar valor à vida. Já é tarde, tens que ir dormir.

- Boa noite, papá.

Boa noite, meu filho.

 

 

3.º lugar no concurso “Palavras de Natal” – 3.º ciclo   Ano letivo 2012/13

Margarida Machado       N.º 13      7.ºA

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