Um grande navegador
Ao nascer do sol, quando o navegador
Pedro acordou, decidiu ir navegar, mas navegar de forma diferente. Resolveu
então viajar dentro de uma viola.
Construiu uma viola gigante, castanha e
amarela e muito resistente. De seguida, pôs-lhe um motor e ficou a olhar,
satisfeito com o seu trabalho.
Foi bem equipado para navegar vestindo
uma camisa branca, um casaco comprido roxo, uma calça preta e um boné também
roxo. Pegou nos seus óculos e foi para a praia com o seu novo barco. Foi para
dentro da viola e começou a navegar pousando a mão no motor.
O mar estava mais calmo do que nunca.
Estava o navegador sossegado no seu
barco quando, de repente, viu uma bela sereia e, logo depois, um grande tubarão
que a levou agarrando-a com a sua boca enorme.
O navegador, como era muito corajoso e
teve pena da sereia, vestiu o seu equipamento de nadador e foi atrás do
tubarão.
Quando chegou ao seu destino, viu que o
tubarão tinha prendido a sereia e ouviu-o dizer:
- Vais ser o meu próximo jantar!...
A sereia estava a chorar e, quando o
tubarão saiu de ao pé dela, gritou:
- Socorro! Ajudem-me!...
O navegador foi salvar a sereia, sem
hesitar, e tirou-a daquela maldita gruta.
A sereia disse-lhe:
- Muito obrigada! És o meu herói! Eu
chamo-me Ariana. E tu?
- Olá! Não fiz mais do que a minha
obrigação. Faria isto com qualquer dos meus amigos! Eu chamo-me Pedro.
A sereia Ariana perguntou-lhe, de
surpresa:
- Queres vir visitar o meu castelo? O
meu pai é o rei dos mares!...
- Claro que sim! – respondeu o Pedro.
Quando chegaram ao castelo, a sereia
apresentou o novo amigo ao seu pai:
- Pai! Este é o meu novo amigo!
Chama-se Pedro e salvou-me das mandíbulas do tubarão.
O rei dos mares não lhe agradeceu… Isso
fez com que o Pedro ficasse muito perturbado.
O navegador disse, com ar triste e
furioso:
- Já visitei o teu palácio e já conheci
o teu pai, portanto vou-me embora. Adeus!
A sereia Ariana sentiu que o navegador
estava triste e furioso. Então disse ao pai, com um ar muito sério:
- Não era preciso seres tão antipático
com o meu amigo! Ele é humano, mas também merece muito respeito!
O rei dos mares pensou muito e percebeu
que tinha sido mal-educado. Subiu para o cimo do mar e falou bem alto:
- Desculpa, navegador! Obrigado por
teres salvado a minha filha! É que eu sou um pouco antipático!...
- Não faz mal, eu compreendo! – respondeu
o Pedro.
- Queres vir para uma festa que vou
organizar no meu palácio?
- Claro que sim! Com muito gosto!
E lá foram os dois para o fundo do
oceano, muito contentes e com muita vontade para dançar na festa.
Nádia Almeida, 6.º C, Nº 13