quinta-feira, 29 de novembro de 2012



                                      A Joana conserta tudo

 

      Era uma vez uma menina de olhos castanhos, de cabelos encaracolados e da cor do chocolate, chamada Joana. Ela era muito boa com máquinas e conseguira arranjar o computador do irmão numa hora. Ela adorava brincar com as suas melhores amigas, a Mónica e a Vitória.

      Mónica tinha cabelos ondulados e negros como o alcatrão. Era muito elétrica e as professoras achavam que ela tinha bebido café do mais forte que havia.

      Vitória era uma menina rica mas muito bem-educada e com um coração de ouro. Ela, ao contrário de Joana, tinha o cabelo loiro e liso como um lençol acabado de passar a ferro.

      Elas iam para casa da Vitória fazer um texto em grupo. Entraram na limusina e seguiram caminho. A certa altura Mónica, a mais impaciente de todas, perguntou:

- Vitória, a tua casa é assim tão longe?

- Não, já devíamos ter chegado. Vou perguntar ao motorista o que se passa. Parou a música e perguntou:

- Sr. João, já devíamos estar em casa! O que aconteceu?

- Desculpe menina mas acho que me perdi. - explicou ele um pouco a medo.

- Não faz mal, pode acontecer a qualquer um. Encoste o carro para vermos o mapa.

- Sim menina.

- Então? - perguntaram em coro.

- Estamos perdidos. O motorista de costume adoeceu e este não sabe bem o caminho.

- Menina! - Chamou o motorista. - temos um problema: não encontro o mapa em lado nenhum e o recetor do GPS está estragado, como sabe. O que vamos fazer?

  Depois de um quarto de hora a pensar, a Mónica teve uma ideia.

- Já sei!... - disse com aquele brilho nos olhos que as amigas tão bem conheciam Dê o recetor do GPS à Joana e ela arranja-o.

- Não é bem assim - disse ela já a corar - nunca consertei um recetor de um GPS

  Mas as amigas não a deixaram continuar, deram-lho para as mãos e disseram:

- Tu consegues, imagina que é um computador. - incentivou-a a Vitória.

- Sim, tu conseguiste arranjar o computador do teu irmão depois de cair da janela do terceiro andar! apoiou  Mónica.

- Sim, eu sou capaz - gaguejou Joana.

  Pegou na caixa de ferramentas, abriu o recetor, puxou o fio, apertou o parafuso e

- Já está. - exclamou ela confiante.

- Ótimo, vamos ver se funciona! - exclamou o motorista.

 - Está como novo

  Entraram na limusina e saíram dali a toda a velocidade. Até que se lembraram:

- O texto! - exclamaram as três ao mesmo tempo.

- Estávamos tão ansiosas por chegar a casa que nos esquecemos do texto! -lamentou-se a Vitória.

- Pois é, e agora temos pouco tempo para inventar um porque a minha mãe deve estar quase a chegar. - lembrou a Mónica.

- Por isso mesmo, vamos meter mãos a obra. Sobre o que é que vamos falar? -perguntou a Joana.

- Podemos falar sobre esta aventura! Assim não precisamos de inventar nada, contamos tudo o que nos lembramos. Quem concorda?

- Eu. - disse a Joana.

- Eu também, desde que não escrevam a parte em que eu desesperei. - disse a Mónica.

- Está bem, nós não escrevemos sobre isso.- concordaram as amigas com um sorrisinho.

      Saíram da limusina, entraram em casa e a mãe da Vitória veio logo pedir explicações. A mãe da Vitória era uma senhora alta e muito parecida com a filha.

- Meninas, o que se passou para terem demorado tanto? - perguntou a mãe da Vitória preocupada. - Pregaram-me cá um susto!

- Não há tempo para explicações, temos um trabalho para fazer. - disse a Vitória dando um beijo à mãe.

- Explicamos depois. - disse a Mónica.

Sentaram-se à mesa e recordaram o que aconteceu e, à medida que pensavam, escreviam.

      No fim, como planeado, contaram tudo à mãe da Vitória, que ficou admirada com a habilidade da Joana.

- Conseguiste arranjá-lo? Como? Já o levámos a vários técnicos e volta sempre na mesma!

- Foi fácil! Quer dizer, para encontrar o problema demorei uns cinco minutos, mas depois foi só apertar um parafuso solto. - disparou ela orgulhosa.

      Terrrrrrrrrrim, eram as mães da Joana e da Mónica que as vinham buscar. As meninas despediram-se e foram para suas casas ainda com o coração aos saltos de tanta emoção pela aventura vivida!

 

                                                                    Maria João Serra Esteves- nº12- 5ºD

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