Era uma vez uma menina de olhos
castanhos, de cabelos encaracolados e da cor do chocolate, chamada Joana. Ela era
muito boa com máquinas e conseguira arranjar o
computador do irmão numa hora. Ela adorava
brincar com as suas melhores amigas, a Mónica
e a Vitória.
Mónica
tinha cabelos ondulados e negros como o alcatrão.
Era muito elétrica e as professoras achavam
que ela tinha bebido café
do mais forte que havia.
Vitória
era uma menina rica mas muito bem-educada e com um coração
de ouro. Ela, ao contrário
de Joana, tinha o cabelo loiro e liso como um lençol
acabado de passar a ferro.
Elas iam para casa da Vitória fazer um texto em grupo. Entraram na limusina e
seguiram caminho. A certa altura Mónica,
a mais impaciente de todas, perguntou:
-
Vitória, a tua casa é
assim tão longe?
- Não, já
devíamos ter chegado. Vou perguntar ao motorista o que
se passa. Parou a música e perguntou:
- Sr.
João, já
devíamos estar em casa! O que aconteceu?
- Desculpe
menina mas acho que me perdi. - explicou ele um pouco a medo.
- Não faz mal, pode acontecer a qualquer um. Encoste o
carro para vermos o mapa.
- Sim
menina.
- Então? - perguntaram em coro.
- Estamos
perdidos. O motorista de costume adoeceu e este não
sabe bem o caminho.
- Menina!
- Chamou o motorista. - temos um problema: não
encontro o mapa em lado nenhum e o recetor do GPS está
estragado, como sabe. O que vamos fazer?
Depois de um quarto de hora a pensar, a Mónica teve uma ideia.
- Já sei!... - disse com aquele brilho nos olhos que as
amigas tão bem conheciam – Dê
o recetor do GPS à Joana e ela arranja-o.
- Não é
bem assim - disse ela já
a corar - nunca consertei um recetor de um GPS…
Mas as amigas não
a deixaram continuar, deram-lho para as mãos
e disseram:
- Tu
consegues, imagina que é
um computador. - incentivou-a a Vitória.
- Sim,
tu conseguiste arranjar o computador do teu irmão
depois de cair da janela do terceiro andar! –
apoiou Mónica.
- Sim,
eu sou capaz… - gaguejou Joana.
Pegou na caixa de ferramentas, abriu o
recetor, puxou o fio, apertou o parafuso e…
- Já está.
- exclamou ela confiante.
- Ótimo, vamos ver se funciona! - exclamou o
motorista.
- Está
como novo…
Entraram na limusina e saíram dali a toda a velocidade. Até que se lembraram:
- O texto!
- exclamaram as três ao mesmo tempo.
- Estávamos tão
ansiosas por chegar a casa que nos esquecemos do texto! -lamentou-se a Vitória.
- Pois
é, e agora temos pouco tempo para inventar um porque
a minha mãe deve estar quase a chegar. -
lembrou a Mónica.
- Por
isso mesmo, vamos meter mãos
a obra. Sobre o que é que vamos falar? -perguntou a
Joana.
- Podemos
falar sobre esta aventura! Assim não
precisamos de inventar nada, contamos tudo o que nos lembramos. Quem concorda?
- Eu.
- disse a Joana.
- Eu
também, desde que não
escrevam a parte em que eu desesperei. - disse a Mónica.
- Está bem, nós
não escrevemos sobre isso.- concordaram as amigas com
um sorrisinho.
Saíram
da limusina, entraram em casa e a mãe
da Vitória veio logo pedir explicações. A mãe
da Vitória era uma senhora alta e
muito parecida com a filha.
- Meninas,
o que se passou para terem demorado tanto? - perguntou a mãe da Vitória
preocupada. - Pregaram-me cá
um susto!
- Não há
tempo para explicações, temos um trabalho para
fazer. - disse a Vitória dando um beijo à mãe.
- Explicamos
depois. - disse a Mónica.
Sentaram-se
à mesa e recordaram o que aconteceu e, à medida que pensavam, escreviam.
No fim, como planeado, contaram tudo à mãe
da Vitória, que ficou admirada com a
habilidade da Joana.
-
Conseguiste arranjá-lo? Como? Já o levámos
a vários técnicos
e volta sempre na mesma!
- Foi
fácil! Quer dizer, para encontrar o problema demorei
uns cinco minutos, mas depois foi só
apertar um parafuso solto. - disparou ela orgulhosa.
Terrrrrrrrrrim, eram as mães da Joana e da Mónica
que as vinham buscar. As meninas despediram-se e foram para suas casas ainda
com o coração aos saltos de tanta emoção pela aventura vivida!
Maria João Serra Esteves- nº12-
5ºD
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