domingo, 25 de novembro de 2012


A casa assombrada

O Halloween estava a chegar. Em casa do Pedro já se notava a agitação, pois ele e os seus amigos estavam a preparar a festa para essa noite especial. O local escolhido fora uma casa de um tio do Pedro. Na realidade, não era uma casa qualquer, parecia mais um castelo, era muito grande com uma torre no centro, um salão enorme cheio de estátuas e um jardim a toda a volta.

Uns dias antes, o Pedro tinha pedido a casa ao tio e como não vivia lá ninguém há algum tempo, ele deixou, com a condição de não estragarem nada, nem subirem a escadaria que ia dar aos quartos.

O Pedro contou aos seus amigos e o Leonardo exclamou:

-Ena pá, que bom! Mas por que é que não podemos subir essas tais escadas?

- O meu tio disse que não as podíamos subir e pronto- refilou o Pedro.

- Está bem, está bem, não precisas de ficar assim.

E passados dois dias, o Pedro, a Mariana, o Leonardo e a Camila foram para a tal casa.

Quando entraram o Leonardo disse:

- Ó meu Deus, isto é mesmo assustador. Que emocionante!

- É verdade! A nossa festa vai ser um sucesso…-acrescentou a Camila.

Depois de tudo preparado, a festa começou. As mesas estavam cheias de guloseimas. Em algumas, havia gomas em forma de olhos de veias e de dentes de vampiro. Noutras havia bolos e sumos.

O Leonardo vestira-se de drácula, o Pedro de múmia, a Camila de bruxa e a Mariana de teste de matemática. Então o Pedro perguntou:

- Porque é que estás vestida de teste de Matemática?

- Não há nada mais assustador do que um teste de Matemática!- declarou a Mariana.

A festa estava a correr muito bem, todos se divertiam a valer, menos o Leonardo que parecia um pouco chateado. A certa altura ele disse aborrecido:

- E que tal se jogássemos às escondidas?

- Pode ser, mas onde é que jogamos? Apesar desta sala ser grande, precisamos de outros locais para nos escondermos.

-Já sei. Podemos jogar lá em cima. Basta subirmos as escadas e temos logo quinhentos quartos disponíveis.- disse a Camila.

- Não, nem pensar! O meu tio disse que nós não podíamos subi-las.

- Vá lá Pedro. É só um bocadinho.

O Pedro não queria, mas lá acabou por ceder.

Então, deram início ao jogo e o Pedro foi o primeiro a correr para as escadas, pois conhecia um local extraordinário para se esconder. Ao subir, sentiu uma ventania, o que era estranho, porque todas as janelas estavam fechadas.

- Pessoal, estão a sentir alguma coisa?

- Sim, uma grande ventania. Está alguma janela aberta, Pedro?

- Não, mas estou a ficar cheiinho de frio.

- Malta, acho que é me… me… melhor descer as escadas! – disse o Leonardo,  que parecia bater castanholas de tanto tremer.

Os quatro amigos iam a descer as escadas e, quando meteram o pé na primeira escada, abriu-se um alçapão. Vários minutos depois, eles caíram numa pequena sala cheia de teias de aranha e de muitos ratos onde encontraram, no cimo de uma pedra, um diamante. Ao pé desse diamante havia uma placa que dizia : “Se tirar o diamante do sítio será amaldiçoado para sempre.”

- Amaldiçoados já estamos nós com o Passos Coelho! – exclamou o Pedro.

- É melhor não tirarmos o diamante daí.- declarou a Camila .

- O quê, estás a brincar? Este diamante deve valer para aí duzentos mil euros.- disse a Mariana.

- Não! Não o vamos levar! Vamos embora.

Eles foram embora, mas o Leonardo levou o diamante com ele sem ninguém ver.

            De regresso à sala da festa, estavam ainda espantados com o que tinha acontecido, quando se ouviu uma voz muito rouca e grave:

-Vocês levaram o diamante, por isso amaldiçoar-vos-ei para sempre.

Em estado de choque, olharam uns para os outros e viram o Leonardo muito corado.

- Leonardo, por acaso tu trouxeste o diamante contigo?

- Sim, ele era tão brilhante, tão reluzente que eu não resisti.

De repente, a casa ficou às escuras. As portas batiam, o vento soprava e os quatro amigos começaram a ouvir passos que pareciam uma pessoa a descer as escadas.

- Nossa senhora dos hipopótamos - disse o Leonardo enquanto tremia e roía as unhas.

-Pessoal!

-Sim, Pedro?

- Acho que é melhor fugirmos.

Então os quatro amigos fugiram da casa, enquanto chovia a potes e uma trovoada violenta rasgava o céu.

Passado um bocado, chegaram a casa do Pedro e o Leonardo já não tinha o diamante, porque o tinha deixado cair em plena fuga. Muito preocupados, tentavam descobrir o que fazer, quando chegou o tio com o diamante e um enorme sorriso no rosto. Então, contou-lhes que tudo tinha sido uma partida dele, menos o alçapão que era mesmo real, para que eles tivessem uma noite digna de bruxas.

- Bem pessoal, não conseguimos ficar ricos, mas passámos um dia das bruxas bem assustador.- finalizou o Pedro.

Depois de tudo esclarecido e de muitas gargalhadas, todos concordaram que tinha sido a melhor festa de sempre.

 

                                                        Joana Margarida Martins Gomes nº8 5ºC

 

8 comentários:

  1. Tanta imaginação, Margarida!
    Boa!

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  2. Joana, o teu texto está espetacular quem me dera escrever assim!!!!!!!!!!

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  3. Gostei muito da tua história. Continua a usar a tua imaginação!

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  4. Este texto é mesmo engraçado.
    Quem me dera escrever textos assim!
    Boa sorte para o próximo texto!!!!!!!

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  5. Daniela Pinto Marques 5A28 de novembro de 2012 às 11:51

    Joana , o teu texto está muito bonito e um pouco assustador!!!!!!!
    Continua assim , vais ter futuro .

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  6. Boa Margarida está muito bem.
    Parabéns!

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  7. Joana o teu texto está maravilhoso.
    Parabéns, continua assim!

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  8. Muito bem Joana.Parabéns

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