De
casa até à escola
Ao
sair de casa, começo por subir umas poucas de rampas e de escadas cansativas
que parecem não ter fim nos dias em que não apetece mesmo nada ir para a
escola. Durante esta subida, eu e a minha vizinha temos a oportunidade de cheirar
o cheiro da manhã e de sentir o orvalho fresco. Mais à frente, passamos também
por uma figueira muito bem cheirosa com figos frescos e, por isso, o som
desesperado de todas as abelhitas em redor.
Durante
o caminho passamos por estradas compridas que parecem não ter fim, casas
grandes com ar de importantes, várias pessoas com cara de quem dormiu com os
pés de fora, carros ruidosos parados no trânsito como quem parou no tempo e, à
direita, árvores belas para desviar o olhar de mais um dia de trabalho na
cidade.
Ao
chegar à escola muitas são as pessoas que dizem um “Bom dia” umas às outras e
isso é a única coisa que se ouve logo pela manhã. Entretanto, toca a campainha
barulhenta e aí logo reina um cheirinho a perfume de lavado e, ao mesmo tempo,
a barafunda e a confusão até à porta da sala de aula. A partir do momento em
que estamos sentados e quietos, a serenidade é um tesouro e marca presença. E
agora estamos prontos para começar um novo dia.
Beatriz 6.º D