sábado, 23 de fevereiro de 2013


O festival das letras

 

     Era uma vez uma letra chamada “M” que andava, desde o início do mês de fevereiro, a preparar-se para o chamado “festival das letras “.

     No festival das letras só entravam as palavras, as letras e as nuvens feitas de letras. Nele era costume organizarem-se muitas atividades, como, por exemplo, concursos, bailes, jogos e muitas outras coisas.

     No dia do festival, a letra “M” levou vestido um fato de treino para poder participar nos jogos e, para depois dos jogos, levou na sua sacola um fato formal.

     Quando a letra “M” chegou ao festival, viu um monte de jogos para experimentar e começou logo pelo que estava mais perto, um jogo de futebol entre as vogais e as consoantes. Mas nem todas as consoantes, apenas o “V” que jogava à baliza, o “J”, o “B” e o “D”. As cinco consoantes iriam jogar contra as vogais e tentar vencer. O jogo de futebol era muito importante para todas as letras.

     Depois do futebol e de uma grande vitória, foi à casa de banho vestir o seu bonito fato formal. Na festa estavam algumas letras famosas e o nosso amigo “M” aproveitou para lhes pedir autógrafos, principalmente ao mais famoso, o “R”, que andava sempre acompanhado do seu amigo “T”.

     Quando foi pedir um autógrafo ao famoso “R”, reparou que havia alguma coisa estranha com a letra “T”. Ele já antes o tinha visto durante o jogo de futebol e o seu aspeto tinha-lhe parecido diferente. Se bem se lembrava, o “T” era mais alto, mais forte e usava óculos, por isso, quando foi pedir o autógrafo perguntou à letra “R” quem era o seu amigo. O “R” ficou muito atrapalhado e confessou-lhe que o “T” era na realidade o número 7.De imediato, lhe pediu para não dizer a ninguém, uma vez que os números não podiam estar naquele festival. O “M”, como era simpático, concordou em não dizer nada a ninguém.

     De repente, o chão começou a tremer e começaram a ouvir um barulho estranho. Todas as letras ficaram assustadas, mas o presidente que já ia ao festival há muitos anos, lembrou-se que ali perto passavam os números por causa de um jogo que faziam sempre. O presidente lembrou-se que os números sempre que veem contas incompletas ou erradas têm a obrigação de as corrigir e, por isso, com a ajuda de muitos “letrocidadãos” puseram à vista muitas contas incompletas e erradas, de modo a que os números ficassem ocupados a trabalhar e não continuassem a fazer tremer o chão com a sua correria. Afinal de contas eram milhares!

     Por causa do presidente e dos “letrocidadãos”, o nonagésimo sétimo festival das letras foi salvo.

 
                                                                              João Miguel Pires

                                                                                5ºD, nº10

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