O festival das letras
Era uma vez uma letra chamada “M” que
andava, desde o início do mês de fevereiro, a preparar-se para o chamado “festival
das letras “.
No dia do festival, a letra “M” levou
vestido um fato de treino para poder participar nos jogos e, para depois dos
jogos, levou na sua sacola um fato formal.
Quando a letra “M” chegou ao festival, viu
um monte de jogos para experimentar e começou logo pelo que estava mais perto,
um jogo de futebol entre as vogais e as consoantes. Mas nem todas as consoantes,
apenas o “V” que jogava à baliza, o “J”, o “B” e o “D”. As cinco consoantes
iriam jogar contra as vogais e tentar vencer. O jogo de futebol era muito
importante para todas as letras.
Depois do futebol e de uma grande vitória,
foi à casa de banho vestir o seu bonito fato formal. Na festa estavam algumas
letras famosas e o nosso amigo “M” aproveitou para lhes pedir autógrafos,
principalmente ao mais famoso, o “R”, que andava sempre acompanhado do seu
amigo “T”.
Quando foi pedir um autógrafo ao famoso
“R”, reparou que havia alguma coisa estranha com a letra “T”. Ele já antes o
tinha visto durante o jogo de futebol e o seu aspeto tinha-lhe parecido
diferente. Se bem se lembrava, o “T” era mais alto, mais forte e usava óculos,
por isso, quando foi pedir o autógrafo perguntou à letra “R” quem era o seu
amigo. O “R” ficou muito atrapalhado e confessou-lhe que o “T” era na realidade
o número 7.De imediato, lhe pediu para não dizer a ninguém, uma vez que os
números não podiam estar naquele festival. O “M”, como era simpático, concordou
em não dizer nada a ninguém.
De repente, o chão começou a tremer e
começaram a ouvir um barulho estranho. Todas as letras ficaram assustadas, mas
o presidente que já ia ao festival há muitos anos, lembrou-se que ali perto
passavam os números por causa de um jogo que faziam sempre. O presidente
lembrou-se que os números sempre que veem contas incompletas ou erradas têm a
obrigação de as corrigir e, por isso, com a ajuda de muitos “letrocidadãos”
puseram à vista muitas contas incompletas e erradas, de modo a que os números
ficassem ocupados a trabalhar e não continuassem a fazer tremer o chão com a
sua correria. Afinal de contas eram milhares!
Por causa do presidente e dos
“letrocidadãos”, o nonagésimo sétimo festival das letras foi salvo.
5ºD, nº10
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