domingo, 29 de novembro de 2015

TEMA LIVRE

                Amizade

Não há nada melhor
Que uma bela amizade,
Partilha-se muito amor
E muita bondade.

                                                                      
Amizade é uma coisa
Que toda a gente deve ter
Nas coisas más e terríveis,
Os amigos vêm socorrer.

Sem amigos uma pessoa
Mergulha na escuridão
Repleta de tristeza
E de solidão.

Sei que nada posso fazer
Se começar a entristecer
Vêm amigos abraçar e confortar
E passado um segundo já estou a brincar.

Quando eu era pequena pensava
Que o mundo estava repleto de felicidade
Mas agora que vejo a realidade
Não era bem como eu idealizava.

Se os teus amigos te abandonarem
Vai numa aventura à procura
De pessoas que gostem de ti,
E contigo façam uma bela travessura.

Porque assim são os amigos
Pessoas que gostam de ti e se preocupam
E terás um amigo assim
De certeza absoluta.

Não há nada melhor
Que uma bela amizade
Com um amigo
Terás sempre felicidade.



                                                                                                                      Leonor Amaral Nº 16, 6ºB

terça-feira, 24 de novembro de 2015

TEMA LIVRE


Luísa e o seu esquilo

 

            Numa tarde de inverno, Luísa passeava pelo recreio da escola. Só se ouviam os seus pés a pisarem a folhagem seca e caída no chão. De repente, ouviu um gemido do outro lado dos arbustos.

            Aproximou-se com medo e cuidadosamente passou para o lado de lá. Caminhou um pouco e viu um buraco. Era de lá que vinha o som. Ajeitou as luvas e procurou, com algum receio, alguma coisa. Nem ela sabia ao certo o quê. Depois de pegar numa bola de pelo, levantou-a e percebeu que era um pequeno esquilo. Retirou as suas luvas e aconchegou-o, com elas.

            Ele tinha uma ferida na pata direita. Então Luísa foi buscar a sua mochila onde tinha um penso e colocou-o na ferida. Aquele esquilo era pequeno mas tinha uma grande e felpuda cauda, orelhas pequenas e uns fortes dentes para trincar bolotas. Era também todo castanho, exceto uma mancha na barriga que era creme.

            Durante alguns dias, protegeu-o numa pequena cabana perto da sua casa.

            Um dia, ia a caminhar e ouviu o diretor a falar com alguém sobre a mascote da escola. Não tinham ideias nem mascote. Sem ela não podiam representar a escola em concursos. Logo lhe surgiu a ideia de ser o seu pequeno esquilo. Para além de haver alguém disfarçado, também podia haver o animal verdadeiro.

            O diretor aprovou a ideia e logo tratou de tudo. Assim, Luísa teria a certeza de que ele ficaria em segurança.  

 
Texto escrito por: Ana Francisca Paiva, nº3, 6.ºA

domingo, 22 de novembro de 2015

ENTREVISTA

À conversa com um veterinário...

    Daniel Correia,  48 anos de idade, a residir na cidade de São Pedro do Sul. Exerce a profissão de veterinário há 23 anos na área da sanidade animal e clínica.

Quando era pequeno, qual era a profissão que queria ter?
Foi uma questão que nunca me preocupou, pois o meu objetivo era estudar, aprender, ter boas notas e divertir-me.

Pode-nos dizer porque é que quis ser veterinário?
Foi por mero acaso, sempre gostei da área de saúde e este curso constava duma lista de opções de candidatura. Apesar disso, sempre gostei muito de animais e me preocupei com a sua saúde e bem-estar.

Quais são os seus animais preferidos? Porquê?
Os meus animais preferidos são os cães, por serem leais e companheiros e os bovinos, por serem animais dóceis e me transmitirem calma.

O senhor anda mais tempo no campo ou no computador?
Sendo um veterinário de província, ando muito pelo campo, mas como qualquer trabalho técnico tem exigências burocráticas, o que me leva a estar sentado algum tempo em frente a um computador.
É fácil saber qual a doença que um animal tem?

Como sabes os animais não falam, logo para chegar a um diagnóstico concreto é necessário recolher informação junto do proprietário e avaliar os sintomas e sinais do animal. Após isso, aplico o tratamento.
Qual seria a sua profissão se estivesse no séc. XXV?

Após o que sei agora voltaria a ser veterinário, mas não sei é se no séc. XXV haverá bovinos, pois são um dos grandes responsáveis pelo efeito estufa do planeta!

Obrigada pela sua colaboração.

Entrevista realizada por Filipe Correia    N.º 4     6.ºC


ENTREVISTA

A Radioterapia é o  meu sonho!...


            Raquel Almeida, uma estudante de 21 anos, escolhe o curso de Radioterapia para continuar a sua vida. Frequenta o 4º ano e, neste momento, está a estagiar em Espanha, onde apenas conhece uma menina que também é do seu curso.

1- Desde pequena que sonhava ser radioterapeuta ?

Não. Não é um sonho desde criança, porque em criança todos queremos ter 1001 profissões, entre as quais ser cabeleireira, professora, médica,...

2- Como lhe surgiu a ideia de escolher o curso de radioterapia?

O interesse pelo curso surgiu quando, infelizmente, apareceu um caso na nossa família com diagnóstico de cancro com prognóstico desfavorável. Isto levou-me a que eu pesquisasse, nomeadamente na internet, sobre o assunto, levando a que despertasse, em mim, um interesse até à altura desconhecido.

3- Gosta do seu curso ?

 Sim, gosto bastante do meu curso, porque faz-me lidar com pessoas, faz-me sentir feliz ao tentar ajudar os outros.

4- Recomenda o seu curso a outras pessoas ?

Sim, mas recomendo apenas às pessoas que se sentem capazes de lidar psicologicamente com o facto de haver pessoas com doenças graves e, por vezes, sem cura. No entanto, considero o meu curso bastante enriquecedor.

5- Qual é a sensação de estar a estagiar em Espanha, onde só conhece uma única pessoa ?

É uma sensação agridoce visto que, por um lado, estou num sítio muito bonito e bastante diferente do meu país, permitindo conhecer novas culturas, praticar a língua espanhola mas, por outro lado, também se torna bastante difícil estar longe dos ente queridos e do ambiente familiar.

6- Qual o hospital no qual se encontra a estagiar? Como se sente nele inserida ?

O hospital em que me encontro inserida chama-se : « Hospital del Meixueiro ». Um hospital bastante acolhedor, no qual me sinto muito bem, com pessoas muito simpáticas e todas elas me acolheram com muito carinho, o que torna este estágio muito mais fácil a nível emocional.

Obrigada pela colaboração.

Entrevista realizada por Eva Almeida   N.º 13    6.º A


TEMA LIVRE


Desilusão

Desilusão. Palavra escura, triste. Que pesa na memória e no coração, que traz a dor e quebra a ilusão.
Desilusão. Pequena onda num mar de esperança. Sombra negra que apaga a luz, que mais tarde se alcança.
Desilusão. Um demónio que prende a alma, que me retira do sonho infinito. Um sopro que me engole, e abre-me os olhos para o mundo. Uma sensação de cair no vazio do firmamento.
E, então, nesse buraco escuro e sem fundo, alguma coisa me salva e chama- me de novo para a vida.
Eu olho em frente, e penso no futuro e no caminho que ainda tenho para percorrer. O mundo não acaba aqui. Volto a afogar-me no mar de esperança, e a onda de desilusão enfraquece, acabando por se refugiar apenas na minha memória.
A desilusão é muito forte, mas a esperança dura para sempre.


Margarida Almeida  N.º 14   6.º B

TEMA LIVRE

O encontro especial!

            Numa bela tarde de outono, uma menina chamada Maria foi dar um passeio por um parque, perto de sua casa, onde tudo estava coberto de folhas. Umas castanhas, umas mais amarelas, avermelhadas,... A menina era linda! Tinha cabelos loiros, olhos verdes, era baixinha, simpática e alegre. Ela estava a usar um longo vestido azul-esverdeado com umas botas cor-de-rosa.
            Maria estava farta de estar sozinha, pois estava de férias e não tinha irmãs nem irmãos. Estava ela sentada num banco, quando ouviu um barulho. Parecia alguém a chorar! Seguiu o barulho e foi dar com uma menina a chorar. A menina era morena de olhos e cabelos castanhos, era bastante magra,... Maria perguntou-lhe a razão por ela estar a chorar, mas ela não respondeu. Depois de tanto insistir, a menina chamada Filipa, lá lhe disse. O seu pai estava no estrangeiro e a mãe, naquele dia, tinha tido um acidente, e como a pancada tinha sido tão forte, falecera. Maria não sabia o que fazer! Despiu o seu casaco e deu-lho, pois via-se que ela estava cheia de frio. O seu pai ainda não sabia de tão má notícia.
            Maria achou melhor levá-la para sua casa e, depois, com a sua mãe tratariam do assunto. Ao chegar a casa, ligaram para o seu pai, que ficou em estado de choque. Ele veio imediatamente para Portugal e apoiou a sua filha Filipa o mais que pôde.
 Maria e Filipa ficaram grandes amigas para sempre!

Eva Almeida    6.ºA


ENTREVISTA


À conversa com Lurdes Fernandes…

A ASSOL (Associação de Solidariedade Social de Lafões), fundada em 22 de Março de 1987, tem como objetivo contribuir para a promoção dos deficientes dos concelhos de Oliveira de Frades, Vouzela e São Pedro do Sul. Lurdes Fernandes trabalha na instituição, desde 1992, como assistente social e dá aqui o seu testemunho.

Que funções desempenha na ASSOL?
Eu sou assistente social e, para além das funções inerentes a esse trabalho, faço também a coordenação deste Centro de São Pedro do Sul (gerir o dia a dia, os horários das pessoas que apoiamos, das colaboradoras e tudo o que faz funcionar este centro).

Considera importante apoiar pessoas com deficiência?
Se a nossa sociedade estivesse preparada para incluir todos, não havia necessidade de fazermos este trabalho! Não estando a sociedade preparada, é muito importante haver alguém, como a ASSOL, que apoie estas pessoas, que nascem com deficiência, que nascem com algumas limitações que os impossibilitam de entrar na escola ou de fazer outras coisas…portanto, acho que sim, que é muito importante.

Apoiam apenas adultos ou também crianças e jovens?
No Centro de São Pedro do Sul, apoiamos apenas adultos a partir dos 18 anos, no entanto temos projetos ligados ao Ministério da Educação e  Segurança Social, que possibilitam apoiar crianças e jovens. Temos o projecto CRI (Centro de Recursos para a Inclusão), que permite que psicólogos, terapeutas da fala e técnicos de reabilitação psicomotora possam apoiar crianças nas escolas e nos jardins de infância. Estes técnicos deslocam-se às escolas (por indicação dos médicos de família ou professores). Estas parcerias são muito positivas, tanto para as escolas como para a ASSOL e, principalmente para as crianças

Como se sente ao ajudar estas pessoas?
Sinto muita coisa boa!... E sabes porquê? Porque são pessoas que nos dão muito, em termos de afetos e de relação!… O pouco que nós fazemos, para eles é muito… e eles compensam. Nós somos muito exigentes com a sociedade, com os pais, com tudo… mas eles não …. O pouco que nós lhes damos, eles dão em dobro e por isso sinto-me muito bem. Eles dão muita energia! É muito bom trabalhar e ver as suas conquistas, realizar os seus sonhos...é muito bom!

Quando era mais jovem já participava em projetos solidários?
Eu quando escolhi esta profissão, acho que já tinha uma certa apetência ou vocação para estas causas. Há uns tempos atrás, não havia tantas oportunidades como há hoje! Na minha terra, o que nós conhecíamos era mais o grupo coral, a catequese …. Hoje, também faço parte da direção do Centro Social de Cambra.

Tem alguns projetos para 2016?
Sim, temos a renovação da certificação que é válida por 3 anos. Nós somos certificados pela excelência e o nosso objectivo é renovar esta certificação em Abril de 2016. Também pretendemos conseguir apoios residenciais para as pessoas sem família, junto da Segurança Social, com a aprovação de “famílias de acolhimento”.

As crianças com deficiência, muitas vezes são descriminadas. Como se pode ultrapassar este problema?
Essas ideias eu gostava que partissem dos mais pequenos! Os jovens muitas vezes são muito malandros para as pessoas com deficiência! Às vezes ouço algumas expressões de discriminação, principalmente junto às escolas. Portanto, penso que o problema passa pela educação das crianças nas escolas. Se de facto vocês forem educados a lidar com a diferença, é mais fácil aceitar estas pessoas, e perceberem que quem está ao vosso lado é uma pessoa que também tem sentimentos e vontades. Essa tem sido a luta da ASSOL - a inclusão nas escolas. Portanto, a aceitação da pessoa com deficiência passa pela educação, ensino e formação.

Muito obrigado pela sua disponibilidade!!!

Entrevista realizada por Gonçalo Almeida    N.º 8   6.º B